Grupos de motoristas de transporte por aplicativo e de motoentregadores estão se mobilizando pela internet e prometem uma paralisação em nível nacional.
O movimento organizado em Goiás programa uma assembleia para ser realizada até a próxima terça (15) na qual serão acertados os detalhes de uma possível suspensão do serviço logo depois, porém os profissionais consideram a necessidade de uma reação antes disso, frente ao aumento dos combustíveis.
As conversas estão acaloradas. Prestadores de serviço de cerca de 80 grupos de aplicativos querem medidas efetivas para a redução do preço da gasolina e também atualização da taxa paga pelas empresas. A ideia é promover uma paralisação de um dia de 70% do efetivo, formado por 17 mil motoristas de transporte individual em atividade no estado e 8 mil de motoentregadores em Goiás, sendo 3,2 mil na capital e na região metropolitana.
De acordo com o representante das categorias, Miguel Veloso, a profissão está em risco. “Está impossível trabalhar. Muitos estão desistindo de atuar por causa do combustível. Estamos em defesa de nossa categoria e de toda a população. Não tem como fazer uma corrida barata e as empresas não querem negociar taxas com a gente”, afirma.
Ele diz que já realizou sucessivas tentativas de contato com as empresas, mas em nenhuma teve retorno. “A gente manda email direto só que eles não respondem. Decidem falar alguma coisa só depois que fazemos alguma manifestação. Não queremos prejudicar os usuários, apenas chamar atenção para nossa situação”, detalha.
Miguel explica que se a interrupção das atividades não tiver bons resultados para a categoria, o grupo pretende suspender 100% das entregas e as corridas por todo o contingente de profissionais. Na mais recente paralisação, em 2019, as duas categorias fizeram uma greve de 24 horas mantendo o aplicativo desconectado.