Motoristas de aplicativo e taxistas podem receber auxílio-gasolina; veja como

Período chuvoso: motoristas precisam mudar os hábitos no trânsito durante, alerta SMM

Os senadores aprovaram nesta quinta (10) um projeto de lei que concede auxílio-gasolina de R$300 para os motoristas e motociclistas de transporte individual, taxistas e condutores ou pilotos de pequenas embarcações incluídos no Auxílio-Brasil. Ainda não há detalhes de como requerer o dinheiro nem quantos serão contemplados, mas o projeto de lei estabelece um teto de R$3 bilhões para custear a despesa. 

 

A medida é uma resposta ao terceiro reajuste de combustíveis neste ano anunciado pela Petrobras, que será aplicado a partir de amanhã, sexta (11). Os parlamentares também decidiram aplicar um sistema de estabilização de preços do diesel, gasolina e gás de cozinha e uma conta para esse financiamento. 

 

A ideia de limitar a variação de preços por faixa máxima e mínima é uma estratégia para fugir da atual vinculação às oscilações da cotação do petróleo, negociado em dólar. Com o novo sistema de banda de preços, quando o valor estiver abaixo do limite mínimo, a diferença fica acumulada  em uma conta federal. Esse montante começará ser utilizado quando o mercado estipular valores acima da faixa máxima, o que manterá o custo dos combustíveis mais estáveis ao consumidor.

 

A matéria ainda depende de aprovação da Câmara dos Deputados, mas a vigência ainda é uma dúvida. Alguns membros do Congresso Nacional ainda divergem sobre a aplicabilidade da medida antes das eleições por impedimentos legais, dessa forma, o auxílio-gasolina e a regulação dos preços valeria somente a partir de novembro.

 

No ano passado, os reajustes dos combustíveis provocaram uma reação do governo federal. O presidente Bolsonaro zerou o tributo federal que compõe o preço cobrado pela Petrobras e cobrou ações de governadores para baixar o ICMS integrante do cálculo. Nesta sexta, a gasolina e o diesel ficarão ainda mais caros com 18% e quase 25% de aumento, respectivamente.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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