Nesta quarta-feira (11), a Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar) – em conjunto com a Polícia Militar de Goiás e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) – deflagrou a Operação Cavalo de Troia – Ultimato Final. Nessa etapa da operação, medidas cautelares foram cumpridas contra motoristas ligados a esquema de desvio de carga de aço e soja.
A investigação começou em junho de 2022, em decorrência ao aumento de registros de ocorrências de roubos de carregamento de sojas e aços utilizados na construção civil. Já nas primeiras diligências, foi constatado pela polícia que 100% dos registros de roubos eram falsos e que se tratavam de uma modalidade criminosa de estelionato, com participação do motorista transportador.
Segundo a polícia, os motoristas utilizavam uma conhecida plataforma digital de contratação de frete pra atrair suas vítimas, todas empresários ligados ligados ao ramo de transportes, vendas de aço e armazenagem de grãos, que buscavam apenas o menor preço. As vítimas, que não conseguiam saber sobre a vida dos motoristas e visavam o preço menor, entregavam as cargas aos transportadores que, após realizarem o carregamento, desviavam os produtos.
Os motoristas utilizavam uma narrativa padrão, que chamou a atenção dos investigados. Foi então observado contexto de ocorrência, verificando assim a existência do esquema criminoso, identificado todos os seus participantes.
A Operação Cavalo de Troia – Ultimato Final resulto em 10 prisões temporárias/preventivas e cinco em flagrantes de motoristas, apreensão de cinco caminhões e recuperação de várias cargas. De acordo com a investigação, apenas duas das 30 ocorrências partiram ou tiveram por destino o estado de Goiás. O último motorista e o comparsa foram presos em Goiânia, nesta quarta-feira (11), após embarcar mais uma carga. Os prejuízos foram calculados em R$ 30 milhões.
Os investigados vão responder pelo crime de estelionato, receptação qualificada e associação criminosa. Cinco investigados estão foragidos.
As imagens dos motoristas são divulgadas pela Polícia Civil a fim de que mais vítimas por todos os pais possam reconhece os mesmos, em conformidade com a Lei 13.869/2019 e Portaria 02/2020.