Os motoristas do transporte coletivo de Goiânia e Região Metropolitana devem manter a greve marcada para esta sexta-feira, 27, após o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Goiânia (SET) não comparecer à audiência de mediação convocada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na quarta-feira, 26. O SET entrou com um pedido de desistência da mediação poucos minutos antes da reunião.
De acordo com o Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo de Goiânia e Região Metropolitana (SindColetivo), uma nova tentativa de conciliação está marcada para esta quinta-feira, 26, às 10 horas. A entidade afirma que a paralisação será mantida caso não haja uma proposta econômica e social que atenda às reivindicações da categoria.
“Infelizmente as empresas não compareceram, estão tentando manobrar. Não aceitamos essa postura. Nós não vamos recuar. O valor oferecido é insignificante e não atende aos interesses dos trabalhadores”, afirmou um representante do SindColetivo.
A greve foi deflagrada após a frustração nas negociações com a Companhia Metropolitana do Transporte Coletivo (CMTC) e a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC). A Metrobus, em nota, informou que acompanha de perto as discussões entre as partes.
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão um reajuste salarial de 20% e uma correção de 25% no vale-alimentação. Segundo o sindicato, a proposta das empresas foi de apenas 5,7%, percentual que os representantes da categoria consideram inaceitável. “Não podemos aceitar um reajuste menor que o aumento do salário mínimo”, afirmou outro porta-voz do movimento.
A Metrobus reforçou, em nota, o compromisso com a qualidade do transporte coletivo e afirmou esperar que haja uma definição positiva na negociação, a fim de evitar prejuízos aos usuários do sistema.