Motoristas que recusam teste de bafômetro aumentam 50,7%, em Goiás

O número de autuações de motoristas que se recusaram a fazer o teste do bafômetro aumentou 50,7% nos sete primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, o Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran), registrou em 2022, 6.881 motoristas com sinais de embriaguez que se recusaram a fazer o teste. Ou seja, a cada 24 horas, 38 pessoas são autuadas. Já em relação aos motoristas que foram flagrados dirigindo alcoolizados após realizar o teste chega a 2.532.

Para o Tenente Coronel do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPMTran), Antônio Freitas Júnior, dirigir embriagado está entre as principais causas de mortalidade no trânsito, juntamente com a falta de capacete, excesso de velocidade, falta de cadeirinha e falta do uso do cinto de segurança. A embriaguez ao volante, inclusive, é uma das infrações mais comuns, principalmente na capital.

“Estudos médicos demonstram os mais variados sintomas no corpo humano após a ingestão do álcool, entre eles estão a diminuição da capacidade psicomotora, alteração na capacidade de raciocínio, retardo para respostas e condições adversas, perda de reflexo e sonolência. Todos esses sintomas são imediatos e prejudicam diretamente na condução do veículo automotor. Dirigir sob a influência de álcool representa um perigo independentemente da quantidade ingerida e da distância percorrida com o seu veículos”, explicou.

Punição

Porém, quem gosta de ‘tomar uma birita’ deve ficar atento, visto que além de colocar a vida de outras pessoas em perigo, o condutor pode ser preso e até pagar uma multa, além de perder a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), conforme explica o Coronel Antônio. Entretanto, se o condutor imprudente se envolver em um acidente com vítima fatal, nem a bebida mais forte poderá ajudá-lo a se livrar da ‘dor de cabeça’. 

Para coibir os crimes à frente do volante, o militar explica que existe a fiscalização e a Operação Balada Responsável no território Goiano. De acordo com Antônio, a PM, com o apoio do DETRAN, tem realizado operações fiscalizatórias, preventivas e educativas em todo o estado. Para ele, Goiás e o país pagam um alto custo pelos acidentes de trânsito, fator esse que impacta em diversos setores, principalmente na área da saúde. 

“A luta de combate a embriaguez, reflete principalmente na mudança de hábito do condutor. O motorista deve ter consciência que estando alcoolizado, coloca a vida de todos em risco. A capital possui a maior frota de veículo, que é superior a um milhão de veículos circulando diuturnamente e por maior que seja a intensificação de operações fiscalizatórias, são computados diariamente crimes dessa natureza em todo o estado”, concluiu.

Embriaguez ao volante nas rodovias federais aumenta 215%, em Goiás

O índice de casos de embriaguez ao volante nas rodovias federais goianas em 2022 também sofreu aumentou 200,1%, saltando de 654 ocorrências para 1.963, conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Porém, de todas as autuações por embriaguez ao volante este ano, 79,9% foram de pessoas que se recusaram a fazer o teste. Assim como nas vias urbanas, uma das infrações mais cometidas pelos motoristas nas rodovias federais, de acordo com o chefe de comunicação da PRF, Eduardo Zampieri, é a embriaguez ao volante.

Ele conta que, normalmente, as pessoas que são flagradas nesta condição são condutores de veículos leves (automóveis, caminhonetes e motocicletas). Todavia, com menor frequência, também são flagrados motoristas profissionais, como os caminhoneiros.

“Geralmente são homens entre 18 e 40 anos os que mais são flagrados nas fiscalizações de alcoolemia. A simples recusa a se submeter ao teste de alcoolemia já enseja multa. Contudo, a depender do volume de álcool constatado pelo aparelho ou caso a pessoa apresente sinais notórios de embriaguez, poderá ser presa”, disse.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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