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Motoristas reclamam de longas filas em pedágio da BR-153, em Goianápolis

Última atualização 10/08/2022 | 07:43

Longas filas e espera de minutos estão se tornando comuns nos guichês de pagamento de pedágio da BR-153. A reclamação seria por falta de funcionários, que teriam sido dispensados do trabalho mesmo a concessionária Triunfo Concebra tendo firmado acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para manter a operação até o momento de devolver a administração. O prazo para entrega é em novembro de 2023.

O jornalista Frederico Jotabê faz o percurso entre Anápolis e Goiânia, em média, três vezes por semana e tem observado poucos guichês abertos e filas de veículos, principalmente, nos chamados horários de pico, nos dois sentidos da rodovia. “Minha sorte é usar o Sem Parar, caso contrário teria que sair mais cedo de casa e com uma pitada a mais de paciência”, diz.

Morador do Bairro Jundiaí, em Anápolis, o representante comercial Vinícius Gama, pouco acostumado com o percurso até a capital, ficou sem entender a fila que enfrentou no início desta semana. Curioso, indagou à atendente “onde estava o povo das cabines”, já que de 12, apenas três funcionavam naquela manhã. A resposta chegou curta e seca. 

“Ela disse que a concessionária demitiu muitos colegas e ainda usou a expressão de novo”.

Uma das autorizações estabelecidas no termo aditivo ao contrato assinado no final de 2021 era reajuste da tarifa cobrada nos pedágios para manter investimentos na rodovia até a chegada de uma nova concessionária. A suspeita é que a falta de dinheiro tenha obrigado a empresa a desligar parte do quadro de funcionários.

A Triunfo alega problemas financeiros por desequilíbrio contratual desde 2016, quando anunciou não ter conseguido financiamento que permitiria obras como parte do Anel Viário de Goiânia. As rodovias BR-153/060/ 262 passaram a ser administradas pela concessionária em 2014 e ficariam com a responsabilidade da via por 30 anos. Das 11 praças de pedágio do trecho, quatro ficam em Goiás.

A reportagem do Diário do Estado entrou em contato com a assessoria da Triunfo Concebra por meio de ligações, mensagem e email para esclarecimentos, mas não obteve retorno até a publicação desta edição.