MP abre mais uma investigação contra Gusttavo Lima

Em meio à sequência de polêmicas envolvendo o cantor Gusttavo Lima, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) abriu uma investigação para apurar se houve irregularidades na contratação do artista pela Prefeitura de Magé. O sertanejo é cotado para ser a atração principal durante as comemorações do aniversário da cidade, que completa 457 anos, no dia 9 de junho.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o cantor vai receber um cachê de R$ 1 milhão. O show está programado para o dia 8 de junho. Embora a princípio a contratação não seja ilegal, ela chamou a atenção do MPRJ por ser dez vezes maior que o valor que a prefeitura deve investir em atividade artísticas e culturais durante todo o ano.

Agora, o órgão apura a possibilidade de “violação aos princípios da administração pública”. Além do MPRJ, Gusttavo Lima é investigado em Roraima e Minas Gerais.

Empresa ligada a shows de Gusttavo Lima teria pego R$ 320 milhões com BNDES

Outra polêmica envolvendo o nome do cantor veio à tona nesta semana. A empresa de investimentos One7, uma das donas de um fundo que comprou os shows de Gusttavo Lima, teria pegado R$320 milhões emprestado com Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

No entanto, segundo o Uol Confere, o valor se refere ao aporte feito pelo BNDES a um fundo do qual a One7 é cotista e que não tem relação com as apresentações do artista.

A empresa detém uma parte do fundo Four Even, que antecipa para artistas o recebimento dos valores de shows e passa a ser o dono da venda das apresentações. Com isso, ela consegue um lucro em relação aos valores adiantados. Além de Gusttavo Lima, outros seis artistas estão com os shows nas mãos do fundo.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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