MP aciona ex-presidente da Agetop Jayme Rincon, por fraudes nas obras do Aeródromo de Mambaí

MP aciona ex-presidente da Agetop Jayme Rincon, por fraudes nas obras do Aeródromo de Mambaí

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) propôs ação civil pública (ACP) por ato de improbidade administrativa contra o ex-presidente da antiga Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), atual Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Jayme Eduardo Rincón; a empresa Castelo Construções e Administração de Obras Ltda. e seu proprietário, Álvaro Dantas, além do empresário Tiago Oliveira, dono da TEF Engenharia Ltda. Respondem ao processo também os ex-diretores da agência Antônio Wilson Porto e José Marques de Freitas Musse; o ex-diretor de aeroportos Marcos Martins Teodoro e o ex-chefe do Núcleo Jurídico do órgão, Iris Bento Tavares.

Todos eles, como afirma a promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira, autora da ação, participaram de um esquema que permitiu o pagamento indevido de mais de R$ 2,2 milhões à Castelo Construções e Administração de Obras, utilizando-se de fraudes de medições (quando são atestadas as etapas de execução da obra) e outras irregularidades, relacionadas à edificação do aeródromo de Mambaí.

Na ação, a promotora requereu o bloqueio de bens dos acionados no valor de R$ 6.641.235,99, como forma de garantir o ressarcimento aos cofres públicos, e a condenação dos acionados nas sanções da Lei de Improbidade Administrativa, de acordo com a participação de cada um.

O caso
Em 2014, Jayme Rincón, então presidente da Agetop, celebrou o Contrato nº 320/2014 com a empresa Castelo Construções e Administração de Obras Ltda., no valor de R$ 3.685.697,59, para execução das obras de construção do aeródromo no município de Mambaí. As obras foram iniciadas em agosto de 2014 e, no período de três meses (agosto, setembro e outubro), foram geradas três medições a favor da empresa contratada, no valor total de R$ 2.213.745,33, tendo como responsáveis o ex-fiscal de obras Joerlindo Parreira, os ex-diretores José Marcos de Freitas Musse e Antônio Wilson Porto, e o ex-gerente de aeroportos Marcos Martins Teodoro.

A promotora apurou que a primeira medição apresenta o valor de R$ 1.885.129,03. A segunda foi zerada (não houve medição de serviços executados) e a terceira teve o valor de R$ 328.616,30. Chamou a atenção da promotora o fato de que a primeira medição já correspondia a mais de 50% do montante previsto para ser gasto com toda a obra.

Após iniciadas as obras e realizadas as primeiras medições, uma comissão de engenheiros da antiga Agetop foi designada para realizar vistoria no local previsto no contrato para instalação do Aeródromo de Mambaí. Contudo, ao chegarem a área exata, os servidores não encontraram qualquer indício de serviços executados.

 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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