MP apura fraude de R$ 3,5 milhões na Saúde, em Formosa

Carros de polícia. | Operação Moira emitiu mandados de prisão e busca e apreensão, em Formosa, durante investigação de compra de medicamentos

O Ministério Público de Goiás (MPGO) desencadeou na, última segunda-feira (18), a Operação Moira. Durante a Operação, agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão contra suspeitos de desviar R$ 3,5 milhões da Secretaria Municipal de Saúde de Formosa, no Entorno do Distrito Federal (DF).

De acordo com a investigação, o desvio ocorria na compra de remédios e produtos odontológicos. Além de Formosa, a operação também teve atuação em Goiânia e Brasília.

A operação teve andamento ao longo dos últimos seis meses e teve apoio da 1ª Promotoria de Justiça de Formosa. Os principais alvos são as empresas Pró-Saúde Distribuidora de Medicamentos e JBV Assessoria e Contabilidade Pública e Governamental. Além disso, a investigação também acompanhou Francisco Carlos Soares de Souza, dono da distribuidora Pró-Saúde; Tibério Fábio Soares de Freitas, ex-secretário de Saúde e sua esposa, também ex-chefe do almoxarifado da Secretaria de Saúde de Formosa, Verônica da Silva Soares.

Na investigação foi identificada uma fraude de R$ 3,5 milhões dos cofres públicos do município de Formosa na aquisição de medicamentos e produtos odontológicos. O esquema consistia na emissão de notas fiscais em nome do Fundo Municipal de Saúde de Formosa, pagas em duplicidade, com o envolvimento dos investigados.

Além disso, foram identificados pagamentos de notas fiscais referentes a supostos fornecimentos de medicamentos sem observância do processo. A investigação aponta também uma ordem de privilégio, determinada pelo então secretário de saúde, que favorecia empresas escolhidas por ele.

Fraudes em Formosa

De acordo com o MP, o esquema funcionou entre os anos de 2017 e 2019 e consistia na emissão de notas fiscais pela empresa Pró-Saúde em nome do Fundo Municipal de Saúde de Formosa, que eram pagas em duplicidade pelos cofres públicos com o envolvimento dos investigados Tibério Soares e Verônica Soares.

A conciliação bancária e contábil, assim como o maquiamento das contas irregulares e das informações encaminhadas ao Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO), ocultando as ilegalidades, se dava com a supervisão, orientação e apoio da empresa de contabilidade, contratada sem licitação.

A investigação ainda continua para identificar outros envolvidos, empresas e agentes políticos que participaram e se beneficiaram financeiramente do esquema, assim como recuperar o dinheiro desviado.

A operação tem coordenação dos promotores de Justiça Douglas Chegury e Ramiro Carpenedo, e conta com o apoio da Polícia Civil e do Centro Integrado de Investigação e Inteligência (CIII) do MPGO. Os mandados de busca e apreensão e de prisão temporária foram expedidos pelo juiz Eduardo Ricco, da 3ª Vara Criminal de Formosa.

 

 

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Israel ataca aeroporto no Iêmen com diretor da OMS presente no local

Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira, 26, contra o aeroporto internacional de Sanaa, capital do Iêmen, e outros alvos controlados pelos rebeldes huthis. As operações, que deixaram pelo menos seis mortos, ocorreram após os disparos de mísseis e drones pelos huthis contra Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o objetivo dos ataques é enfraquecer o que chamou de “eixo do mal iraniano”.

Os bombardeios atingiram o aeroporto de Sanaa e a base aérea de Al Dailami, além de instalações militares e uma usina de energia em Hodeida, no oeste do país. Testemunhas relataram ao menos seis ataques no aeroporto, enquanto outros alvos incluíram portos nas cidades de Salif e Ras Kanatib. Segundo o Exército israelense, as estruturas destruídas eram usadas pelos huthis para introduzir armas e autoridades iranianas na região.

Durante o ataque ao aeroporto de Sanaa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, estava presente. Apesar dos danos e vítimas relatados, Tedros afirmou estar “são e salvo”. No entanto, um membro da tripulação de seu avião ficou ferido. A comitiva da OMS e da ONU que o acompanhava não sofreu ferimentos graves.

O Irã, aliado dos huthis, condenou os ataques israelenses, classificando-os como um “crime” e uma violação da paz internacional. Os rebeldes huthis também denunciaram os bombardeios, chamando-os de uma “agressão contra todo o povo iemenita”.

Desde 2014, os huthis controlam grande parte do Iêmen, incluindo Sanaa, após a derrubada do governo reconhecido internacionalmente. A guerra, que se intensificou com a intervenção de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, transformou o conflito em uma das maiores crises humanitárias do mundo.

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