O Ministério Público de Goiás está apurando doações de milhares de reais para a Associação Filhos do Pai Eterno, que supostamente foram feitas por pessoas que recebem em torno de um salário mínimo, segundo reportagem do Fantástico.
A Afipe era presidida por padre Robson de Oliveira até ele ser afastado, depois de eclodir a Operação Vendilhões, que investigou possíveis desvios das doações dos fiéis ao Divino Pai Eterno.
No início do mês, o Tribunal de Justiça de Goiás decidiu trancar o processo após pedido da defesa do padre. O MP, no entanto, entrou com recurso para continuar as investigações, depois de discordar do habeas corpus concedido pelo TJ. O recurso deve ser julgado nesta semana.
A defesa de Padre Robson respondeu às acusações apresentadas neste domingo, 25, no programa Fantástico. A reportagem disse que o maior valor encontrado nas planilhas da Afipe seria de R$ 3.437.695, vindo de uma senhora.
A defesa argumenta que os jornalistas foram induzidos ao erro pelo Ministério Público, já que este número não seria o valor das doações, mas sim o código de identificação pessoal no cadastro dos doadores, inserido na coluna errada da planilha.