O Ministério Público da Bahia (MP-BA) solicitou, recentemente, a realização de uma reprodução simulada e novas apurações sobre a morte de dois jovens durante uma ação policial em Camaçari, região metropolitana de Salvador. Gilson Jardas de Jesus Santos, de 18 anos, e Luan Henrique, 20, foram baleados por policiais militares, que alegam a existência de uma troca de tiros. No entanto, as famílias dos jovens contestam essa versão, o que resultou no afastamento dos agentes das atividades operacionais.
O caso ocorreu em 8 de julho e desde então o MP-BA tem solicitado novos elementos e diligências à Polícia Civil responsável pela investigação. Entre os pedidos estão sete laudos periciais, inclusive necroscópico e de balística, conteúdo audiovisual realizado pela mãe de uma das vítimas, novas oitivas, e informações sobre antecedentes criminais das partes envolvidas. A promotora do caso também ressaltou que há um procedimento instaurado para acompanhar a investigação policial e aguarda a realização das diligências para tomar as providências cabíveis.
Familiares dos jovens também gravaram o desenrolar dos acontecimentos. Segundo relato da mãe de Gilson, os jovens estavam conversando na frente de sua casa quando foram abordados pelos policiais. Testemunhas viram os policiais pedindo para que entrassem no imóvel e depois ouviram dois tiros. Os corpos dos jovens foram retirados da residência e colocados no porta-malas da viatura, conforme mostram vídeos gravados por familiares e testemunhas.
O comandante-geral da PM, coronel Antônio Carlos Silva Magalhães, assegurou rigor na apuração e punição dos agentes envolvidos, caso seja confirmada a ação criminosa. O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, destacou a importância da celeridade e eficácia da investigação. É relevante mencionar que os policiais não utilizavam câmeras corporais, o que é imprescindível para a transparência e elucidação de casos como esse.
As famílias das vítimas continuam pedindo por justiça e esclarecimentos. O MP-BA está acompanhando de perto o desdobramento das investigações e aguarda ações concretas por parte da Polícia Civil. A situação evidencia a importância da fiscalização e transparência nas ações policiais, assim como a necessidade de garantir a segurança e integridade dos cidadãos em momentos de abordagem policial. É fundamental que os órgãos competentes atuem de forma eficaz e imparcial para promover a justiça e prevenir casos similares no futuro.