MP cobra que Estado ofereça leitos de UTI para pacientes de Inhumas

Para o promotor a negativa e a demora no fornecimento de leitos trazem graves prejuízos à saúde dos pacientes

Após o pedido do promotor de Justiça Mário Henrique Cardoso Caixeta, o juiz Nickerson Pires Ferreira determinou ao Estado que forneça leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aos pacientes com prescrição médica, solicitados  para o setor de regulação da Secretaria Estadual de Saúde pela Secretaria de Saúde de Inhumas. Segundo o Ministério Publico do Estado de Goiás, o Estado já foi notificado e intimado para cumprir a decisão em 48 horas, sob pena de multa de R$ 500,00.

Ainda de acordo com o MP-GO no processo, foi relatado que, a partir dos atendimentos realizados pelo promotor, ele constatou que a Unidade de Pronto de Atendimento (UPA) de Inhumas tem sido usada para internações de pacientes em estado grave, que estão aguardando vaga em UTI.

Já o município alega que os pacientes estão devidamente regulados, mas não foram liberadas as vagas para a UTI, sendo que a UPA não é unidade destinada à internação de pacientes nessa situação.

Para o promotor a negativa e a demora no fornecimento de leitos trazem graves prejuízos à saúde dos pacientes, que sofrem violação do direito a vida.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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