O crime aconteceu na madrugada do dia 11 de agosto, por volta das 5h20, em um posto de combustíveis no Parque Amazônia, em Goiânia. O promotor Marcelo Faria da Costa Lima, fez denúncia contra o aluno-soldado, Bruno Correa de Araújo por dupla tentativa de homicídio qualificado (motivo fútil) e lesão corporal agravada por motivo fútil, contra Jonatas da Silva Camelo, Sílvio César da Costa Júnior e Heberson de Sousa.
Segundo informações, Sílvio e Heberson haviam finalizado um show em uma festa particular em Aparecida de Goiânia e foram, em companhia de Jonatas e da namorada de Sílvio, ao posto de combustíveis, onde estavam bebendo, fumando narguilé e tocando violão. Por volta de 5 horas da amanhã, Bruno de Araújo apareceu no local e aproximou-se do grupo, contudo, como ele aparentava estar embriagado ou sob efeito de substância entorpecente, as vítimas incomodaram-se com sua presença e não lhe deram atenção.
Inconformado, o denunciado tentou fazer uso do narguilé, sem que lhe fosse oferecido, mas foi repreendido pelos presentes. Entretanto, relata a denúncia, o comportamento inconveniente dele não cessou, ele de modo rude e grosseiro passou a insistir em fumar, chegando a tomar o narguilé bruscamente das mãos de Jonatas.
Então, teve início uma discussão acalorada entre eles, momento em que Bruno sacou uma pistola .40 pertencente à Polícia Militar de Goiás e, após desferir uma violenta coronhada contra a cabeça da vítima Heberson, determinou que todos se deitassem no chão. Neste momento, Jonatas saiu correndo e foi perseguido pelo denunciado, que efetuou vários disparos em sua direção, os quais não o atingiram por erro de pontaria.
Diante desta conduta, as demais vítimas correram em direção oposta. Momentos depois, elas voltaram ao posto de combustíveis, onde haviam deixado a namorada da vítima Sílvio, deparando-se novamente com Bruno, ainda com arma em punho e gritando para que se deitassem no chão. Amedrontados, Heberson e Sílvio mais uma vez correram, sendo perseguidos pelo acusado, que ordenava que eles parassem.
Em dado momento, Sílvio atendeu à determinação do acusado, parou de correr e deitou-se no chão. Mesmo rendido e sem esboçar reação, ele foi agredido fisicamente por Bruno, que ainda atirou nele, atingindo a região frontal de seu crânio.
Um taxista que passava pelo local prestou socorro a Sílvio, levando-o até o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde ele recebeu pronto atendimento médico. Atualmente, Sílvio encontra-se ainda internado na UTI do Hugo em estado grave, com risco real de morte. De acordo com Marcelo Faria, é importante “ressaltar que a motivação dos crimes foi fútil, consistente no mero inconformismo do acusado com a atitude das vítimas em não lhe permitir o uso de narguilé”. O promotor requereu ainda a manutenção da prisão preventiva de Bruno.