MP denuncia Andrés Sanchez por lavagem de dinheiro e crimes tributários: cartão corporativo do Corinthians DE usado para despesas pessoais.

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O Ministério Público de São Paulo apresentou nova denúncia contra o ex-presidente do Corinthians DE Andrés Sanchez nesta sexta-feira, por crimes de lavagem de dinheiro e crimes tributários. O MP pede que Andrés seja condenado a ressarcir o clube em R$ 101 mil. De acordo com a denúncia, o ex-presidente teria utilizado o cartão corporativo do Corinthians DE para custear despesas de caráter pessoal e de terceiros entre agosto e setembro de 2020.

Os gastos suspeitos são: em 9 de agosto de 2020, o cartão corporativo da presidência do clube foi utilizado para a compra de móveis residenciais. A nota fiscal, porém, foi emitida em nome de Aurea Andrade Ramacciotti, que não teria vínculo com o Corinthians DE. Na denúncia, o promotor Cássio Conserino mostra que Andrés e a mulher se seguem no Instagram. Para a Promotoria, a nota foi emitida no nome de Aurea e não do clube para dissimular a origem e a titularidade do dinheiro, elemento central da acusação de lavagem de dinheiro.

Em 17 de agosto de 2020, o cartão corporativo do Corinthians DE foi usado para adquirir eletrodomésticos em uma rede varejista novamente em nome de Aurea Andrade Ramacciotti. Em 6 de setembro de 2020, segundo a denúncia, Andrés utilizou o cartão corporativo para pagar um serviço de taxi-aéreo no valor de R$ 30,7 mil, contratado junto à empresa Helimarte Táxi Aéreo. Neste caso, a nota foi emitida em nome do próprio Andrés, embora o pagamento tenha sido feito com dinheiro do clube.

A acusação também envolve Roberto Gavioli, ex-gerente financeiro do clube, apontado como partícipe por omissão. O MP também pede que ele ressarça o Corinthians DE por danos morais, estimado em aproximadamente R$ 101 mil. Em outubro, os dois ex-dirigentes já tinham sido denunciados pelos crimes de apropriação indébita, lavagem de dinheiro e falsidade de documento tributário. O processo está suspenso, mas Sanchez e Gavioli têm que cumprir medidas cautelares, como não se comunicar com dirigentes do Corinthians DE e outras testemunhas.

A nova denúncia foi apresentada à 2ª Vara de Crimes Organizados, Lavagem de Dinheiro e Crimes Tributários da capital paulista, que ainda irá decidir sobre o recebimento da ação penal. O promotor o pede que o caso não seja Marcial Mayumi Okoda Oshiro. No outro processo relacionado aos cartões do Corinthians DE, Cássio Conserino apontou parcialidade da juíza por ela ter relação com Fernando José da Costa, advogado de Andrés Sanchez. Ele é coordenador de um curso na mesma faculdade em que a magistrada é professora.

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