Sonegação fiscal na 44 chega a R$ 3,5 milhões

55% dos pontos comerciais em Goiânia fecharam na pandemia

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu denúncia contra os empresários Álvaro Jabur Maluf Júnior e Paulo Jabur, irmãos e sócios da empresa ADM Comércio de Roupas Ltda., na região da 44, em Goiânia, por apropriação indébita de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o que acarretou em dívida ativa da Fazenda Pública de Goiás no valor de R$ 3.554.462,21.

De acordo com a ação,  a 59ª Promotoria de Justiça de Goiânia recebeu representação da Secretaria de Estado da Economia contra os dois empresários, que embora tenham declarado o imposto devido, voluntariamente, não o recolheram, mesmo sabendo que deveriam ter feito. Segundo a secretaria, o tributo foi cobrado dos consumidores, sendo apropriado indevidamente pelos donos da empresa, que deveriam repassá-lo ao Estado e não se apropriar do valor.

O titular da promotoria com atribuição na defesa da ordem tributária, Fernando Krebs, pontua que os empresários promoveram o seu enriquecimento ilícito. No processo, o promotor de Justiça  avalia que os dois irmãos cometeram o crime descrito no artigo 2°, inciso II, da Lei 8.137/90 (crime contra a ordem tributária, pela falta de recolhimento de imposto devido), por 20 vezes e sujeito à aplicação do artigo 71 do Código Penal, uma vez que os crimes foram praticados de forma continuada.

Apropriação indébita

Fernando Krebs informa que, pelas regras estabelecidas na legislação tributária estadual, a empresa deve efetuar a apuração do imposto mensalmente, seguindo a escrituração de livros fiscais próprios e efetuar o pagamento nos prazos determinados.

“No caso narrado, os denunciados cumpriram apenas parte de suas obrigações. Isso porque, embora tenham realizado o autolançamento, deixaram de efetuar o pagamento dos valores devidos ao Tesouro Estadual, configurando, dessa forma, verdadeira apropriação indébita de ICMS”, finaliza o promotor.

Eles foram autuados em diversas ocasiões, entre 1° de outubro de 2017 a 31 de maio de 2019, por escriturarem e não recolherem o ICMS devido, regularmente apurado e registrado, infringindo o artigo 63 do Código Tributário Estadual. O crédito tributário totalizado, na época, era de R$ 433.227,00.  A empresa possui 52 autuações por infrações à legislação tributária.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Israel ataca aeroporto no Iêmen com diretor da OMS presente no local

Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira, 26, contra o aeroporto internacional de Sanaa, capital do Iêmen, e outros alvos controlados pelos rebeldes huthis. As operações, que deixaram pelo menos seis mortos, ocorreram após os disparos de mísseis e drones pelos huthis contra Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o objetivo dos ataques é enfraquecer o que chamou de “eixo do mal iraniano”.

Os bombardeios atingiram o aeroporto de Sanaa e a base aérea de Al Dailami, além de instalações militares e uma usina de energia em Hodeida, no oeste do país. Testemunhas relataram ao menos seis ataques no aeroporto, enquanto outros alvos incluíram portos nas cidades de Salif e Ras Kanatib. Segundo o Exército israelense, as estruturas destruídas eram usadas pelos huthis para introduzir armas e autoridades iranianas na região.

Durante o ataque ao aeroporto de Sanaa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, estava presente. Apesar dos danos e vítimas relatados, Tedros afirmou estar “são e salvo”. No entanto, um membro da tripulação de seu avião ficou ferido. A comitiva da OMS e da ONU que o acompanhava não sofreu ferimentos graves.

O Irã, aliado dos huthis, condenou os ataques israelenses, classificando-os como um “crime” e uma violação da paz internacional. Os rebeldes huthis também denunciaram os bombardeios, chamando-os de uma “agressão contra todo o povo iemenita”.

Desde 2014, os huthis controlam grande parte do Iêmen, incluindo Sanaa, após a derrubada do governo reconhecido internacionalmente. A guerra, que se intensificou com a intervenção de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, transformou o conflito em uma das maiores crises humanitárias do mundo.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp