Na manhã desta quarta-feira, 7, é deflagrada a segunda fase da Operação Limpeza Geral, em municípios de Goiás e Tocantins. O Ministério Público de Goiás (MP-GO), por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), cumpre mandados de prisão preventiva e busca e apreensão.
A operação do MP
A investigação do MP tem como alvo uma organização criminosa envolvida em fraudes a licitações, desvios de recursos públicos, lavagem de dinheiro e outros crimes. O objetivo é cumprir 22 mandados de prisão preventiva e 50 de busca e apreensão. O grupo recebeu, entre 2015 e 2022, mais de R$ 300 milhões em empenhos pagos por municípios de Goiás.
As prisões e as buscas e apreensões cumprem-se nos seguintes municípios: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Nerópolis, Leopoldo de Bulhões, Campo Limpo de Goiás, Silvânia, Pirenópolis, Luziânia, Iporá, Rubiataba, Araguapaz, Uruaçu, Campos Verdes, Crixás e Palmas (TO).
A juíza titular da Vara Especializada, Placidina Pires, determinou também o sequestro e bloqueio de bens no valor de R$172.103.335,03 em relação a 26 investigados e 21 empresas. O grupo criminoso criou várias empresas nomes de “laranjas”, que eram usadas para simular concorrências em licitações.
Essas empresas, mesmo sem estrutura, possuíam um vasto rol de atividades em seus contratos sociais. Isso possibilitava a sua utilização em diversas contratações públicas: locação de equipamentos e estruturas para shows e eventos, cantores sertanejos e afins, fornecimento de mão de obra (pedreiro, pintor, servente etc.), serviços de limpeza, locação de veículos, e até materiais higiênicos e hospitalares destinados ao combate da Covid-19.
Participam da operação 30 promotores de Justiça, 23 delegados de Polícia, 65 agentes policiais e 100 policiais militares, além de servidores do MPGO e integrantes da Polícia Penal e do Corpo de Bombeiros de Goiás.