MP-GO debate ações de proteção de crianças refugiadas em Rio Verde

Nesta quarta-feira, 19, em uma articulação extrajudicial do Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio da 8ª Promotoria de Justiça de Rio Verde, será promovida reunião para debater com a rede proteção da infância e juventude do município. Uma das pautas é sobre a presença de crianças e adolescentes refugiados venezuelanos em situação de mendicância nos semáforos da cidade.

O encontro será realizado na sede das Promotorias de Justiça de Rio Verde, e será conduzido pela promotora de Justiça Renata Dantas de Morais e Macedo. Foram convidados para a reunião o presidente do Comitê Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Apátrida, Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Erradicação do Trabalho Escravo (Comitrate), Roberto Campos Portela; o gerente de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds), Claudivino José Vieira; a coordenadora de Assistência Especial de Rio Verde, Lídia de Melo Matos Ferreira, além de um representante da Defensoria Pública do Estado (DPE) e membros dos Conselhos Tutelares das Regiões Norte e Sul de Rio Verde.

Conforme a promotora Renata Dantas, essa pauta já foi levantada em reuniões anteriores. “A questão é bem complexa, pelo fato de que a cultura Warao vislumbra a situação de pedinte como um trabalho e eles valorizam a união da família, inclusive da família extensa, de tal sorte que, para eles, permanecer junto a seus filhos menores em situação de mendicância, nas ruas, seria normal”, destaca a promotora.

Ela acrescenta que são povos de cultura nômade, que ficam alternando entre Goiânia e as cidades próximas. De acordo com ela, em Rio Verde, essa situação tem levado a uma nova problemática, porque, “além de ir de encontro com a legislação pátria, que salvaguarda a criança e o adolescente de toda sorte de violação de direitos, ainda se defronta com a cultura rioverdense, que não vislumbra com bons olhos a situação da mendicância e tampouco aceita que crianças e adolescentes sejam colocados nessa situação, o que tem gerado uma movimentação social, causando também grande preocupação do Ministério Público”. 

 

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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