Ministério Público cobra da prefeitura mais ônibus para Goiânia

Nesta quinta-feira, 25, em encontro por videoconferência entre Ministério Público de Goiás (MP-GO), Defensoria Pública do Estado (DPE) e Procon Goiás, teve com uma das principais deliberações a realização de uma reunião o mais rápido possível com o Município de Goiânia, para recomendar a revisão das medidas relacionadas ao transporte coletivo no último decreto expedido (Decreto n° 1.601/2021), objetivando enfrentar o agravamento da pandemia da Covid-19.

Na reunião foi apontada a preocupação das instituições com o atual cenário do transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia, principalmente devido ao agravamento da pandemia. Os participantes ressaltaram que o decreto contemplou restrições de lotação para várias atividades, porém no transporte público limitou-se a medidas genéricas. 

A recomendação objetiva que o município inclua no decreto municipal restrições em relação a lotação dos veículos, visando reduzir os riscos para os usuários. Também deve contemplar em relação às aglomerações nos terminais de ônibus. “O que assistimos hoje é um verdadeiro desrespeito ao usuário num momento tão crítico da pandemia”, afirmou Maria Cristina de Miranda. A subprocuradora Laura Bueno avaliou que o transporte público é um dos principais problemas a ser enfrentado dentro das medidas para conter a Covid-19.  

No encontro ainda foi pontuado a necessidade de ampliação da frota de veículos que atende a Região Metropolitana, para garantir as condições adequadas de transporte e evitando a lotação. 

A reunião foi organizada pela coordenadora da Área do Meio Ambiente e Consumidor do Centro de Apoio Operacional do MP-GO, Daniela Haun de Araújo Serafim, a pedido da promotora de Justiça Maria Cristina de Miranda, da 12ª Promotoria de Goiânia, e contou com a participação, pelo MP, da subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Laura Maria Ferreira Bueno, e do promotor de Justiça Goiamilton Antônio Machado, titular da 70ª Promotoria de Goiânia. Da DPE participaram os defensores públicos Gustavo Alves de Jesus e Tiago Ordones Rego Bicalho e o Procon Goiás, pelo seu superintendente, Allen Viana.

Foto: Reprodução

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp