MP-GO denuncia cinco pessoas pela morte de policial penal e sua mulher em Aparecida

PMs de Anápolis são denunciados por abuso de autoridade após invadirem casa

O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou o integrante da organização criminosa Bruno da Conceição Pinheiro e seus comparsas Paulo Henrique da Silva Vieira, Ronan Lima Martins, Walison Ferreira Berto e Alex de Souza Rodrigues pelo homicídio triplamente qualificado do policial penal Elias de Sousa Silva e sua mulher, Ana Paula Silva Dutra, em Aparecida de Goiânia. Eles também foram denunciados por organização criminosa, com pena agravada, em razão do uso de arma de fogo.

Crime foi ordenado de dentro da cadeia

Na denúncia, o promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior relata que Bruno ordenou, de dentro do presídio, aos seus quatro comparsas que matassem o primeiro policial penal que saísse do complexo prisional em uma determinada data, como forma de retaliação pela perda de privilégios.

Bruno, então, entregou certa quantia em dinheiro para Paulo Henrique para que ele comprasse um carro para ser usado na data do crime. Na manhã de 18 de fevereiro deste ano, o policial penal Elias de Sousa saiu do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia e encontrou a mulher, que foi buscá-lo na saída do serviço.

Na sequência, enquanto as vítimas trafegavam pelas ruas, Walison, Alex, Paulo Henrique e Ronan emparelharam o seu carro com o veículo do casal, quando estava na Rua 3 do Setor Chácaras São Pedro, e atiraram várias vezes, acertando as vítimas e fugindo em seguida. Os dois não resistiram e acabaram morrendo no local. Depois dos homicídios, Alex e Paulo Henrique colocaram fogo no carro usado para os crimes.

MP manifesta-se pela prisão preventiva dos denunciados

O promotor de Justiça manifestou-se pela prisão preventiva dos réus, em representação feita pela autoridade policial. Para ele, a garantia da ordem pública deve ser visualizada pela gravidade da infração, repercussão penal, periculosidade do agente e risco de reiteração de ações delituosas.

“Analisando os fatos, vê-se que a gravidade dos crimes praticados pelos cinco homens causou grande embaraço à ordem pública, pois são homicídios qualificados, ou seja, crimes hediondos. Ficou demonstrado pela conduta deles que são pessoas extremamente intolerantes e perigosas. Assim, sua liberdade coloca em risco a paz e a segurança social”, sustentou.

Texto: Cristiani Honório/Assessoria de Comunicação Social do MPGO

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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