MP-GO propõe ação de improbidade contra prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin

Em razão de condutas que violaram a dignidade de uma servidora e os valores morais e éticos da sociedade, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) propôs ação de improbidade administrativa contra o prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin. Em cará liminar, foi requerido afastamento do cargo de prefeito, objetivando assegurar a instrução processual e impedir a continuação do ilícito, e a indisponibilidade dos bens dele no valor de R$ 2,6 milhões. 

Na ação é exposto duas situações nas quais o prefeito constrangeu sexualmente uma servidora pública. Foi realizada denúncia na esfera criminal contra o prefeito por tentativa de estupro já foi recebida pelo Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Luziânia. A acusação de estupro contra a mesma vítima foi encaminhada ao Tribunal de Justiça

O MP afirma que o afastamento do gestor do cargo é devido na apresentação do relato de ameaças e intimidações promovidas por ele e seus apoiadores contra a vítima desta ação e de outras investigações.

De acordo relatado na ação de improbidade, “as condutas lascivas, indecorosas e não consentidas praticadas por Cristóvão Tormin no exercício e por conta do cargo que ocupa aviltaram a Constituição da República, maculando não só a dignidade sexual da vítima, mas também a moralidade administrativa do cargo de chefe do Poder Executivo municipal”.  é pontuado ainda ser pacífica a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Justiça de Goiás de que crime sexual realizado por agente público no exercício da função pública é passível de caracterização como ato de improbidade administrativa.

O MP acrescenta que “é requerida, no mérito da ação, a imposição das sanções civis previstas no artigo 12 da Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92) e também a condenação ao pagamento de danos morais coletivos, a ser definido no valor mínimo de R$ 500 mil”, finaliza.

Foto: Reprodução

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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