MP-GO recomenda ao Estado e Goiânia a não sediarem Copa América

MP-GO recomenda ao Estado e Goiânia a não sediarem Copa América

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) recomendou ao Estado de Goiás que fossem adotadas medidas contrárias à realização da Copa América. O documento foi expedido nesta quinta-feira (3) e enviado ao governador do estado, Ronaldo Caiado (DEM), pelo procurador-geral de Justiça, Aylton Flávio Vechi.

A recomendação foi em deliberação ao Centro de Operações Emergenciais (COE) em Saúde Pública de Goiás para Enfrentamento ao Coronavírus, que se posicionou, durante a reunião realizada nesta quarta-feira (2), ser unanimemente contrária à realização da competição no Estado. De acordo com o MP, a mesma recomendação foi enviada ao Município de Goiânia na última terça-feira.

Na recomendação, os membros do Ministério Público citem a alta taxa de ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e enfermaria nos hospitais estaduais, municipais e privados de Goiânia destinados a tratamento em casos de Covid-19. Também são citados os decretos municipais da capital, que restringem inúmeras atividades comerciais com o objetivo de evitar aglomerações.

Goiânia terá 7 jogos da Copa América

O calendários de jogos da Copa América foi liberado na quarta-feira (2) pela Conmebol e Goiânia deverá sediar sete jogos no Estádio Olímpico, sendo um deles entre Brasil e Equador, no encerramento da primeira fase. O primeiro jogo acontece entre Paraguai e Bolívia no dia 14 de junho às 21 horas.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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