MP-GO requer cumprimento que obrigada HDT a adequar licenças ambientais e dos bombeiros

Operação Esculápio: MP-GO requer ação de improbidade administrativa em Itaberaí

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) requereu a execução de sentença que condenou o Estado de Goiás e o Instituto Sócrates Guanaes (ISG), entidade gestora do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), a providenciarem o devido licenciamento ambiental da unidade de saúde, assim como as adequações de normas de segurança exigidas pelo Corpo de Bombeiros. A sentença determina que sejam apresentados o Plano de Gerenciamento dos Resíduos e o projeto de Sistema de Tratamento dos Efluentes Líquidos do hospital.

A proposta feita pelo MP-GO em setembro de 2017, apontou que não se tinha notícias de como era feito o gerenciamento de resíduos, quer sejam os comuns como os decorrentes propriamente das atividades dos serviços de saúde. Pelo mesmo motivo, não se conhecia como era feito o tratamento dos efluentes líquidos do hospital.

Ao analisar o pedido do MP, O Juízo da 6ª Vara da Fazenda Pública Estadual determinou uma série de providências de adequação para a unidade hospitalar. Na decisão, a juíza Mariuccia Benicio Soares Miguel “além de não existir regularidade documental para o próprio funcionamento do hospital (como as licenças, alvarás e demais documentos correlatos), o exercício de suas atividades causa inquestionáveis danos ambientais e urbanísticos, expondo a sociedade a sérios riscos de epidemias, contaminações e acidentes ecológicos”.

Ela também acrescenta que a situação é um verdadeiro problema de saúde pública e que não somete põe em risco mas também viola os direitos fundamentos dos indivíduos, como o direito à saúde, a um meio ambiente equilibrado, a uma vida digna e a própria proteção das gerações futuras.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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