MP-GO resgata pessoas em condição de escravidão

Uma operação conjunta do Ministério Público do Trabalho e da Polícia Rodoviária Federal encontrou cinco trabalhadores rurais em condição análoga à escravidão em Aporé, a cerca de 470 km de Goiânia. Entre as pessoas encontradas, duas eram menores de idade, com 14 e 17 anos.

De acordo com a Secretaria Regional do Trabalho (SRT), os trabalhadores atuavam em uma plantação de soja sem as mínimas condições de trabalho. Eles não recebiam os equipamentos de proteção individual, não dispunham de instalações sanitárias, além de não haver local para as refeições nem água potável em quantidade suficiente nos locais de trabalho.

As equipes constataram também que o alojamento não tinha condições mínimas de funcionamento. De acordo com o relatório da SRT, “tratava-se de um barraco extremamente velho e precário, sem as mínimas condições de habitabilidade, com colchões velhos depositados no chão e junto a muita sujeira e outros objetos, a cozinha totalmente improvisada, junto a embalagens de produtos químicos, inclusive agrotóxicos, banheiro sujo e com piso de cimento quebrado, total ausência de móveis, pois sequer havia cadeiras para se sentar”.

O proprietário da terra foi notificado da situação degradante dos trabalhadores e das providências a serem tomadas. Só em verbas rescisórias e o dano moral individual dos cinco trabalhadores somam R$ 33 mil.

Além disso, ele assinou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Goiás (MP-GO), se comprometendo a não praticar as infrações trabalhistas, a doar R$ 50 mil ao Conselho da Comunidade de Serranópolis para ajudar na construção do presídio da cidade. Ele também poderá responder criminalmente pelos fatos apurados.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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