O Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito civil para apurar se a crise que assola o Corinthians atingiu um ponto em que uma intervenção judicial na gestão do clube se faz necessária. O promotor Luiz Ambra Neto assinou a portaria que descreve a situação do clube como ‘gravíssima’, mencionando indícios de irregularidades em administrações recentes e dando início a uma investigação que poderá resultar na nomeação de um administrador temporário. A decisão foi motivada por uma representação feita pelo promotor Cássio Roberto Conserino, que descreveu um quadro de ‘desordem administrativa’ e ‘fragilidade econômica’ que ameaçam o funcionamento regular do clube. A legislação brasileira permite intervenções judiciais em associações sem fins lucrativos, como é o caso do Corinthians, quando sua administração se torna inviável ou contrária aos objetivos institucionais, conforme citado no artigo 49 do Código Civil. A Promotoria destaca a existência de indícios de práticas ilegais em gestões recentes, reforçando a hipótese de intervenção. A imagem de inadimplência do clube, que prejudica tanto pessoas físicas quanto jurídicas com contratos não cumpridos, é um dos pontos mencionados no documento.




