MP pede suspensão de editais de concursos da PM por falta de vagas para pessoas com deficiência

pessoas com deficiência

Os editais dos dois concursos da Polícia Militar de Goiás (PM-GO) podem ser suspensos. Isso porque o Ministério Público de Goiás (MP-GO) propôs uma ação com pedido de urgência, para que os concursos fossem retificados por não atenderem à quantidade de vagas para pessoas com deficiência (PcD), que é uma lei que consta da Constituição Federal.

Para a promotora de Justiça Marilda Helena dos Santos, responsável pelo pedido, o objetivo do órgão é incluir as cotas exigidas para pessoas com deficiência. Pela lei, é necessário reservar o mínimo de 5% das vagas oferecidas em cada edital. Ela destaca na ação que as atividades administrativas da Polícia Militar podem ser exercidas e ocupadas por pessoas com deficiência.

“Essas funções são corriqueiramente executadas por policiais da ativa, normalmente deslocados para funções administrativas por motivos de saúde, quando não o são e fazem a pedido pessoal do próprio agente”, explicou.

MP questiona instituto sobre a situação

O Ministério Público informou ainda que questionou o Instituto AOCP, responsável pelo concurso, sobre a falta de vagas para pessoas com deficiência, mas que a instituição ‘jogou a responsabilidade’ para a Secretaria de Estado da Administração (Sead).

A Sead, por outro lado, declarou que o estado ainda não foi notificado sobre a ação proposta e que também não tem conhecimento do conteúdo dela. A Polícia Militar, assim como o instituto, disse que todos os questionamentos devem ser encaminhados ao estado.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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