O Ministério Público do Paraná (MP-PR) solicitou que a Polícia Civil (PC-PR) retome a investigação sobre a possível tentativa da vereadora Professora Bia (PV) de auxiliar o vereador Kenny do Cartório (MDB) a fugir após ele ter atropelado e causado a morte de um idoso em Guarapuava, região central do Paraná. O acidente ocorreu em 21 de dezembro de 2024, na calçada de uma avenida, com Kenny sendo preso em flagrante por estar embriagado.
De acordo com relatos do Boletim de Ocorrência, dois delegados que estavam de folga testemunharam Kenny entrando no carro da vereadora, que saiu do local, sendo parada pela polícia logo em seguida. Um vídeo do veículo da parlamentar deixando a cena do acidente foi incluído no processo como evidência. A defesa de Bia negou a tentativa de fuga, afirmando que ela parou para acionar socorro após presenciar o acidente.
No dia seguinte, a polícia, após ouvir Bia, descartou sua participação na tentativa de fuga. Menos de 48 horas depois do incidente, Kenny foi solto com medidas cautelares após pagar fiança e tomou posse como vereador em 1 de janeiro. O MP, por meio de um pedido de reinvestigação, argumenta que a versão dada pela vereadora sobre o ocorrido não é convincente, e que existem indícios de favorecimento pessoal por parte dela.
A advogada de Bia ressaltou que sua cliente acionou a polícia por telefone imediatamente após o acidente e negou veementemente qualquer tentativa de fuga. A defesa enfatizou a ausência de provas concretas contra a vereadora, assegurando que ela cooperou com as investigações. A Polícia Civil informou que está realizando diligências, ouvindo testemunhas e analisando imagens para dar seguimento à apuração do caso.
O atropelamento fatal de um idoso enquanto ele caminhava na calçada resultou na prisão de Kenny e na posterior liberação do mesmo. O vereador apresentava sinais de embriaguez e estava com a CNH cassada, sendo detido por homicídio culposo, omissão de socorro e evasão do local do acidente. A defesa dele optou por manter silêncio durante o depoimento. O desdobramento desse caso continua gerando repercussão e demandando investigações mais aprofundadas pela Polícia Civil.