MP suspende exigência do cartão passe livre do idoso

A Redemob foi orientada a divulgar a suspensão da exigência do cartão às empresas consorciadas, ao público em geral, por meio de cartazes e avisos nos ônibus e terminais, e, especialmente, aos motoristas e demais trabalhadores do sistema de transporte coletivo

O promotor de Justiça Haroldo Caetano fez uma recomendação ao diretor de transportes da Redemob Consórcio, Cézane de Siqueira, a imediata suspensão da exigência do cartão de passe livre para o acesso gratuito de pessoa com mais de 65 anos de idade aos veículos do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia. O objetivo é assegurar o acesso gratuito, como prevê o Estatuto do Idoso, mediante a simples apresentação de documento pessoal que prove a idade do cidadão.

A Redemob foi orientada a divulgar a suspensão da exigência do cartão às empresas consorciadas, ao público em geral, por meio de cartazes e avisos nos ônibus e terminais, e, especialmente, aos motoristas e demais trabalhadores do sistema de transporte coletivo. Essa divulgação, de acordo com o documento, deverá ser acompanhada de orientação expressa quanto a única exigência legalmente admitida para a identificação dos idosos, que é a apresentação de documento pessoal. O promotor destaca que a exigência feita pelas empresas, além de ser ilegal, foi proibida por decisão do Tribunal de Justiça de Goiás, em ação civil pública promovida em 2004 pelas promotoras de Justiça Marilda Helena dos Santos, Ana Maria Rodrigues da Cunha e Márcia Souza de Almeida. A sentença proferida em primeiro grau foi confirmada pelo TJ, após recursos interpostos pelas empresas que contestaram a ordem.

É reforçado ainda que qualquer outro novo recurso dessa decisão não terá efeito suspensivo, ou seja, deve ser cumprida imediatamente. o promotor ressalta que a própria Redemb, mesmo tendo deliberado a preferência pelo uso do cartão, reconhece o direito do acesso do idoso que apresentar seu documento pessoal. Mas, essa regulamentação, não tem sido cumprida, uma vez que esse direito fica restringido sistematicamente quanto a pessoa não apresenta o passe livre, o que tem gerado diversas reclamações individuais no MP. O promotor alerta que o desrespeito à gratuidade, assim como qualquer outro tipo de constrangimento que impeça ou dificulte o acesse dos idosos aos meios de transporte configura crime previsto no Estatuto do Idoso, com pena de prisão entre 6 meses a 1 ano.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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