MP vai apurar se Jovair Arantes furou a fila de vacinação da Covid-19

A 87ª Promotoria de Justiça de Goiânia encaminhou para a Superintendência Judiciária do Ministério Público de Goiás um inquérito instaurado para apurar a notícia de que o ex-deputado federal por Goiás Jovair de Oliveira Arantes teria tomado a vacina da Covid-19 sem observar as normas sanitárias e a lista de prioridade da vacinação.

A investigação deve ir para uma promotoria que atua em vara criminal de crimes que são punidos com reclusão. Por causa do caso, a promotora Marlene Nunes Freitas Bueno expediu uma recomendação ao secretário municipal de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso, para que, de agora em diante, a vacinação dos servidores e saúde seja feita mediante conferência da certificação do exercício profissional, conforme especificado no Plano Nacional de Imunização.

A conduta do presidente do Conselho Regional de Odontologia de Goiás, Renerson Gomes dos Santos, foi, também, encaminhada para avaliação no âmbito criminal. A promotora responsável disse que não há comprovação de que a Jovair tenha atuação em espaços e estabelecimentos de assistência e vigilância à saúde, em contato direto com pacientes, já que este seria o requisito principal.

Ainda de acordo com Marlene Freitas Bueno, a conduta, se confirmada, é de extrema gravidade, por projetar efeitos negativos nos grupos que apresentam maior risco de desenvolver quadros graves da doença ou aqueles que estão sujeitos ao contato direto com o vírus. O suposto desvio da dose, segundo ela, em proveito do ex-parlamentar é conduta que, em tese, se insere no crime de peculato, previsto no artigo 312 do Código Penal.

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STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

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