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MPF acusa Polícia Federal de Goiás de se recusar a prender empresários bolsonaristas por crime eleitoral

Última atualização 27/10/2022 | 15:07

A Polícia Federal de Goiás (PF) foi acusada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) de se recusar a cumprir diligências para a prisão em flagrante de empresários bolsonaristas por crimes eleitorais, como propaganda irregular, boca de urna e aliciamento de eleitores. A acusação se refere à promoção da ‘picanha mito’ a R$ 22 e o anúncio de um jornal de uma caminhonete por R$ 222.222,22. 

De acordo com o jornal O Globo, a Procuradoria Regional Eleitoral de Goiás (MPF) enviou uma representação à Corregedoria da PF em Brasília para apurar suspeitas de infrações funcionais por parte dos policiais envolvidos. Conforme o órgão, um dos agentes federais começou a tentar ‘dissuadir’ os colegas e membros do MPE por meio de comentários.

“De forma emocional, ultrajante e insistente, levantou diversos argumentos estranhos à lei penal (tais como: diligência geraria desemprego, ´porque a empresa iria fechar; o frigorífico estava no livre exercício da atividade comercial; estava havendo politização dos procuradores do MPE etc’.) para não realizar a diligência, inclusive a prisão dos envolvidos em flagrante delito”, afirmam os procuradores. 

Resposta

Questionada sobre a denúncia, à Superintendência da PF em Goiás afirmou que foram efetuadas diligências, mas não se posicionou sobre a acusação de que os policiais se recusaram a prender empresários.

“Uma vez que a investigação esteja em curso, neste momento, ficamos impossibilitados de fornecer pormenores e ou detalhes sobres os referidos expedientes”, disse a corporação em nota.

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