MPF busca proteção do Governo para território quilombola no Amazonas

O Ministério Público Federal (MPF) está em busca de proteção do Governo do Amazonas para o território quilombola Sagrado Coração de Jesus do Lago da Serpa, localizado em Itacoatiara, no interior do Amazonas. A recomendação foi emitida recentemente pelo MPF, visando garantir a preservação desse importante espaço.

Segundo o MPF, o território quilombola está passando por um processo administrativo de regularização junto ao Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária (Incra). Atualmente, o processo encontra-se na fase final de elaboração do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID), sendo essencial garantir a sua proteção durante esse período.

Em 2020, o MPF iniciou um inquérito civil para investigar um possível ilícito ambiental provocado por um empreendimento imobiliário supostamente irregular nas terras da comunidade quilombola. Uma incorporadora, proprietária de parte do território quilombola, teria desmatado ilegalmente 2,7 hectares de vegetação, em desacordo com as autorizações ambientais necessárias.

Diante desse cenário, o órgão emitiu a recomendação para que o Governo do Amazonas, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), a Prefeitura de Itacoatiara e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmas) não concedam licenças ambientais para empreendimentos que estejam parcialmente sobrepostos ao território quilombola. Essa medida visa evitar novos danos ao meio ambiente e à comunidade local.

Os órgãos citados têm o prazo de 15 dias para responder por escrito ao MPF sobre o acatamento ou não dos termos da recomendação. O não envio de resposta dentro desse prazo será considerado como recusa ao cumprimento da recomendação, podendo o MPF adotar medidas judiciais cabíveis para garantir a proteção do território quilombola.

A preservação do território quilombola Sagrado Coração de Jesus do Lago da Serpa é fundamental não apenas para a comunidade local, mas também para a manutenção da biodiversidade e dos recursos naturais da região. Por isso, a atuação do MPF em busca de proteção para esse espaço é imprescindível para garantir o respeito aos direitos das comunidades tradicionais e a conservação do meio ambiente. É importante que as autoridades competentes ajam de acordo com as recomendações do MPF para assegurar a proteção desse patrimônio ambiental.

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Ponta Negra: Praia liberada para banhistas em Manaus com segurança otimizada

A Praia da Ponta Negra, localizada na Zona Oeste da capital de Manaus, foi liberada para banhistas na manhã desta quinta-feira (26). O anúncio foi feito pelo prefeito David Almeida (Avante) após o Rio Negro atingir a cota de 17,38 cm neste dia. A praia tinha sido interditada para banho em 17 de setembro, quando o Rio Negro ultrapassou a cota mínima de segurança de 16 metros.

O prefeito de Manaus informou que todo o complexo da Ponta Negra está em fase preparatória para as festas de Réveillon. David Almeida ressaltou que o banho está liberado até às 17h e pediu para que os frequentadores evitem o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, o que pode ser perigoso. Anteriormente, Almeida havia afirmado que a praia não seria aberta antes de janeiro, sendo que a abertura foi antecipada devido às condições seguras do Rio Negro.

Durante o anúncio das atrações do Réveillon de Manaus para 2025, Almeida confirmou a liberação da Praia da Ponta Negra para banhistas, uma vez que o rio estava marcando 15,91 metros. A interdição da praia é recomendada a partir de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 2013, que prevê que a medida de segurança seja adotada quando o nível do rio atinge 16 metros. Laudos técnico do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) foram solicitados para monitorar as condições da praia.

Em dezembro, os registros de subida do Rio Negro indicam uma elevação progressiva do nível da água, com medidas de 14,41 metros no dia 1º, chegando a 17,38 metros em 26 de dezembro. A interdição da Praia da Ponta Negra por 180 dias devido à seca reflete a preocupação com a segurança dos banhistas, respeitando as recomendações de segurança estabelecidas pelo TAC de 2013. A liberação da praia após o aumento do nível do Rio Negro traz um alívio para os frequentadores e permite que desfrutem do local com segurança.

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