MPF denuncia Juquinha das Neves e mais quatro por lavar dinheiro em obras da Norte-Sul

O Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) ofereceu denúncia, nesta quinta-feira (29), sobre o ex-presidente da Valec José Francisco nas Neves, conhecido como Juquinha das Neves. Além dele, Jader Ferreira das Neves, seu filho, e mais três pessoas foram denunciados por formação de quadrilha e lavagem de R$ 13,5 milhões, valor desviado de contratos da Valec para construção da ferrovia Norte-Sul.

Até agora, somente Juquinha e o filho foram presos. A denúncia integra a operação De Volta aos Trilhos, realizada no mês anterior com apoio da Policia Federal, sendo um dos desdobramentos da Lava Jato. O MPF pediu, ainda, a fixação do valor mínimo do dano aos cofres públicos a ser reparado pelos denunciados em R$ 13,5 milhões pela lavagem de dinheiro e em R$ 208 milhões por crimes antecedentes.

A denúncia requer também a aplicação de pena para interditar o exercício de cargo ou função pública de qualquer natureza, além da decretação do perdimento dos bens apreendidos.

O caso

Em janeiro de 2017, Juquinha e Jader foram condenados a 10 e 7 anos de reclusão, respectivamente, pelas mesmas denúncias sobre a construção da Ferrovia Norte-Sul. A defesa conseguiu recorrer da decisão e os réus puderam aguardar o julgamento dos recursos em liberdade.

Segundo informações do MPF, pai e filho continuaram lavando dinheiro mesmo após a condenação, produzindo provas falsas para assegurar impunidade e pagando seus advogados com valores referentes à propina.

A operação De Volta aos Trilhos investigou o destino de R$ 4,4 milhões usados por Jader para comprar uma fazenda em Goiás. O negócio foi desfeito em 2012, e então ele recebeu imóveis e aviões para reembolso.

A Ferrovia Norte-Sul foi inaugurada em 22 de maio de 2014, após cerca de 25 anos do início das obras. São 855 quilômetros de trilhos entre Palmas (TO) e Anápolis (GO). Apesar da inauguração, a primeira viagem só foi feita em dezembro de 2015.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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