MPF oficia Meta sobre novas regras de checagem de fatos e liberdade de expressão

MPF Oficia Meta sobre Novas Regras de Checagem de Fatos e Liberdade de Expressão

O Ministério Público Federal (MPF) está preparando ofícios para a empresa Meta, responsável por plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp, para verificar se as novas diretrizes anunciadas por Mark Zuckerberg serão aplicadas no Brasil. A principal preocupação do MPF é a possível descontinuação do programa de checagem de fatos no país, substituído por “Notas da Comunidade”, um sistema semelhante ao utilizado pelo Twitter/X.

Mark Zuckerberg justificou as mudanças afirmando que as redes sociais chegaram a um ponto insustentável de censura aos usuários. “Vamos voltar às nossas raízes e focar em reduzir os erros na moderação de conteúdo, simplificar nossas políticas e restaurar a liberdade de expressão em nossas plataformas,” disse o executivo. Ele também mencionou as pressões de governos e da mídia tradicional para censurar cada vez mais o discurso livre nos últimos anos.

Inquérito civil em andamento

Essa ação do MPF integra um inquérito civil em andamento desde 2021, que investiga a responsabilidade das big techs sobre o conteúdo postado. A Meta é um dos alvos dessa investigação. Em julho do ano passado, o MPF solicitou uma indenização de R$ 1,7 bilhão à Meta por violações dos direitos dos usuários do WhatsApp.

As novas regras da Meta começarão a ser aplicadas nos Estados Unidos e podem ser ampliadas para outros países, o que preocupa os procuradores brasileiros. A compatibilidade dessas mudanças com as normas vigentes no Brasil, incluindo recomendações do MPF, é uma das principais questões.

O Supremo Tribunal Federal (STF) também está analisando a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que isenta as plataformas de responsabilidade pelo conteúdo gerado por terceiros. Até o momento, três ministros do STF já votaram pela inconstitucionalidade dessa norma.

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Governo da Venezuela vincula ex-candidato preso com FBI e ‘golpe’ contra Maduro

O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, anunciou na quarta-feira (8) a prisão de Enrique Márquez, ex-candidato à presidência, e de Edmundo González Urrutia, genro de um opositor. Cabello afirmou que eles foram vinculados a um cidadão americano. Segundo o ministro, o FBI estaria envolvido e a investigação apontava para planos de um ‘golpe’ contra o presidente Maduro. Essas prisões aumentam a tensão política no país. Críticos do governo denunciam repressão e violação dos direitos humanos. A oposição também alega que tais ações visam calar dissidentes e manter o controle autoritário. A Venezuela enfrenta uma profunda crise econômica e política, com escassez de alimentos e inflação galopante. O presidente Maduro, no poder desde 2013, é alvo de críticas e sanções internacionais.

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