Na última quarta-feira, 15, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu ao ministro Alexandre de Moraes (STF) a inclusão de investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 na lista de procurados pela Interpol. Com a decisão, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com um pedido para a inclusão da goiana Rosana Maciel Gomes na lista vermelha da organização.
Rosana Maciel foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 13 anos e 6 meses por participar dos atos golpistas, em Brasília. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou a participação da goiana na depredação de prédios públicos, sendo o ato comprovado por meio de fotos encontradas no celular que pertencia a ela.
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes apontou que “a participação ativa da ré nas invasões e depredações fica comprovada pelas imagens extraídas do celular da acusada” e que ela tinha consciência que as manifestações buscavam “a quebra do Estado Democrático de Direito e golpe de estado, com intervenção militar, conforme amplo material de imagens constantes de seu celular”.
Rosana está foragida desde 8 de janeiro, quando parou de comparecer semanalmente na Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas da Comarca de Goiânia. A ré havia saído da cadeia sob fiança, com obrigação a utilizar uma tornozeleira eletrônica. A suspeita é de que a goiana tenha fugido para o Uruguai e posteriormente para a Argentina, após retirar a tornozeleira sozinha.
Até o momento, o STF condenou 216 envolvidos no 8 de janeiro. Os condenados respondem por crimes de associação criminosa armada, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.