MPF pede investigação e afastamento de agentes envolvidos em incidente com Juliana Rangel: caso reflete necessidade de mudanças na abordagem policial

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou uma investigação detalhada e o afastamento dos agentes envolvidos na ação que resultou no incidente em que Juliana Rangel, de 26 anos, foi baleada em uma rodovia federal, deixando-a em estado gravíssimo. A jovem continua internada e sua situação é considerada crítica. O MPF está intensificando seus esforços para garantir que os responsáveis sejam identificados e afastados de suas funções.

Durante a noite de 24 de dezembro, Juliana Rangel foi atingida por um disparo na cabeça enquanto deixava a Baixada Fluminense em direção a Niterói, para participar da ceia de Natal. Os policiais da PRF envolvidos alegaram ter ouvido disparos e deduziram que estavam vindo do veículo de Juliana, porém logo perceberam que haviam cometido um grave equívoco. A Corregedoria da PRF está conduzindo a investigação do caso.

O superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, expressou que os agentes foram afastados de suas atividades operacionais e enfatizou a gravidade do ocorrido. Após o incidente, Juliana foi admitida no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde os médicos revelaram que o projétil passou de raspão em sua cabeça, sem atingir regiões vitais.

Os familiares de Juliana Rangel permaneceram à espera de notícias no hospital e comentaram sobre o susto ao receber a informação do ocorrido. Este incidente não é um caso isolado, pois outras vítimas no Rio de Janeiro foram impactadas por erros na abordagem de policiais rodoviários federais. O diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Oliveira, reconheceu a necessidade de revisão dos protocolos de abordagem para evitar futuros equívocos.

O antropólogo Robson Rodrigues da Silva, destacou a importância de mudanças na mentalidade e no comportamento das forças policiais para evitar tragédias como essa. Ele ressaltou a necessidade de uma abordagem mais cuidadosa e assertiva, defendendo um diagnóstico detalhado para identificar fatores recorrentes que contribuem para tais incidentes. A PRF se pronunciou sobre o caso, lamentando profundamente o ocorrido e prestando assistência à família de Juliana.

Diante de mais uma situação de erro policial que resultou em danos irreparáveis, é essencial que as autoridades competentes investiguem minuciosamente o caso e garantam que medidas apropriadas sejam tomadas. O clamor por justiça e segurança nas ações policiais é essencial para evitar que tragédias como essa se repitam no futuro. É fundamental que casos como o de Juliana Rangel sirvam como alerta para a necessidade de revisão constante e aprimoramento das práticas policiais.

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Defesa de Daniel Silveira contesta violação das regras de liberdade condicional e pede revisão ao STF

A defesa de Daniel Silveira negou veementemente qualquer descumprimento das regras estabelecidas para sua liberdade condicional e solicitou novamente ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-deputado seja colocado em liberdade. O pedido foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, responsável por apontar a suposta violação das restrições de horários e determinar o retorno de Silveira à prisão.

Preso pela Polícia Federal na última terça-feira por ordem do ministro do STF, Daniel Silveira teria descumprido as condições impostas para sua liberdade condicional, concedida após cumprir um terço de sua condenação. A alegação é de que o ex-deputado teria circulado por diversos locais em Petrópolis, incluindo um shopping center, durante os horários em que deveria permanecer em sua residência, das 22h às 6h nos dias úteis, bem como nos sábados, domingos e feriados.

Em resposta às acusações, a defesa de Silveira afirmou que a decisão que concedeu a liberdade condicional permitia que ele circulasse livremente nos fins de semana e feriados, devendo permanecer em casa apenas durante as noites. Os advogados do ex-deputado classificaram as acusações de “falsas” e “levianas”, contestando qualquer violação das medidas de monitoramento impostas.

Além disso, a defesa destacou que durante as saídas de Silveira por Petrópolis, ele não teve contato com nenhum dos investigados com quem é proibido de manter relação, conforme determinação judicial. O documento ressalta ainda que o ex-deputado precisou de atendimento médico durante o período em que esteve em liberdade, permanecendo por seis horas em um hospital, além de do percurso entre sua residência e o local do atendimento.

Os advogados reiteraram o compromisso de Daniel Silveira em cumprir rigorosamente todas as medidas impostas, inclusive solicitando autorização caso necessite de atendimento médico de urgência novamente. Diante disso, a defesa pede ao ministro Alexandre de Moraes que reconsidere a decisão de recolocar Silveira na prisão, garantindo-lhe o direito à liberdade condicional sob o compromisso de cumprir todas as restrições estabelecidas.

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