MPF pede que governo faça plano de comunicação para combater Covid-19

Devido ao avanço da Covid-19 no Brasil, o Ministério Público Federal (MPF) elaborou uma ação civil pública para exigir que a União faça um Plano Nacional de Comunicação para combater o coronavírus. Com isso, o governo brasileiro passaria a divulgar dados diários sobre a pandemia e recomendações para preservar a saúde da população. A ação foi assinada por membros do Ministério Público Federal de todos os estados e Distrito Federal, com exceção de Goiás e Piauí.

A ação pede que a nova comunicação comece em, no máximo, 10 dias. No plano, é pedido que as informações distribuídas pelo governo sejam claras e simples e que a União incentive a população a se distanciar socialmente. Além disso, o MPF pede que o governo brasileiro divulgue informações sobre a forma correta de usar máscaras, para que os cidadãos evitem aglomerações e, caso alguém contraia a Covid-19, se isole por 14 dias.

O MPF também propõe, pela ação, que a distribuição dessas informações seja feita por todos os canais já usados pelo governo federal, como televisão, rádio, jornais, revistas, internet e redes sociais. Além disso, segundo a recomendação, a União deve fazer, no mínimo, três coletivas de imprensa por semana.

No pedido, os signatários destacam que o momento da pandemia no Brasil é crucial. “Essa situação, aliada aos baixos índices de isolamento social observados em todo o país reforçam a imprescindibilidade de adoção urgente de ações de comunicação voltadas à conscientização da população sobre a necessidade de uma mudança de hábitos condizente com o aprofundamento da pandemia, o que deve ser executado, também, através de uma política pública nacional de comunicação em saúde pública que oriente a população como um todo”, dizem.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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