MPF recorre na Justiça por indenização de R$ 42,5 milhões contra DE Energia após morte de peixes em Belo Monte

O Ministério Público Federal (MPF) entrou, nesta quinta-feira (12), com recurso na Justiça contra sentença feita à empresa DE Energia, que causou a morte de 24 toneladas de peixes na usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, entre 2015 e 2018.

No recurso, o MPF pede que o valor da indenização mínima, fixado em R$ 34.834,500, seja atualizado para R$ 42, 5 milhões, acrescidos de juros e correção monetária desde a data do ocorrido.

Além disso, é solicitado que o crime seja categorizado como doloso, considerando que a DE Energia assumiu os riscos de causar as mortes de peixes, e que os atos sejam reconhecidos como circunstâncias agravantes.

O MPF pede ainda que sejam impostas a pena de multa e pena restritiva de direitos de proibição de contratar com o Poder Público ou dele obter subsídios, subvenções ou doações. O DE solicitou um posicionamento à Norte Energia e aguarda retorno.

A DE Energia foi condenada por causar mudanças bruscas no fluxo das águas e excesso de oxigênio delas, impactando diretamente na vida ambiental.

Segundo a licença da hidrelétrica, era obrigação da concessionária tomar medidas de precaução. No entanto, o MPF diz que a empresa descumpriu as exigências técnicas, o que causou a morte de milhares de espécimes no período da piracema – quando os peixes estão em reprodução.

A sentença definiu que a DE Energia implementasse projetos de recuperação ambiental, incluindo replantio de vegetação e monitoramento da fauna aquática, realizasse o pagamento da multa e considerou o crime de poluição culposa para o caso.

Também considerou que o crime contra a fauna, absorvido pelo crime de poluição, fosse incluído como mais um dos crimes cometidos, considerando que a empresa deva ser condenada pelos dois atos.

A Justiça Federal considerou que a empresa agiu de forma negligente e imprudente, considerando que o crime de poluição foi culposo. No entanto, o MPF argumenta que a DE Energia assumiu o risco de provocar os desastres, e, por isso, pede que o crime seja reclassificado como doloso.

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Jovem encontrada morta após passeio de lancha em Belém: mãe lamenta e pede justiça

Mãe de jovem encontrada morta em Belém após passeio de lancha diz que a filha
sempre foi cuidadosa: ‘Ela não merecia isso’

Segundo família, Kellen Abreu estava de folga do trabalho e saiu para o passeio
de lancha na segunda-feira (16), a convite de amigos. O corpo da vítima foi
encontrado nesta terça-feira (17).

O corpo de uma jovem foi velado no bairro do Paar, em Ananindeua, e o
sepultamento será realizado em um cemitério particular, em Marituba, na Grande
Belém.

A mãe da jovem de 26 anos encontrada morta nesta terça-feira (17) após
desaparecer durante um passeio de lancha
[https://de.globo.com/pa/para/noticia/2024/12/17/jovem-desaparece-durante-passeio-de-lancha-e-corpo-e-encontrado-no-rio-em-belem.ghtml]
disse que a filha sempre foi cuidadosa. Kellen Thaynara Nascimento Abreu saiu
para passear com os amigos na última segunda-feira (16) na região da Ilha do
Combu.

> “Minha filha não merecia isso. Pense numa filha que me ajudava, era uma boa
> mãe, uma boa filha, sempre cuidou de mim, das irmãs e agora não tem mais ela e
> o filhinho dela que ficou”, lamenta Elizabeth Nascimento, mãe de Kellen Abreu.

Segundo a família, Kellen Abreu estava de folga do trabalho e saiu de casa para
o passeio de lancha na segunda-feira (16), a convite de amigos.

A Polícia Militar disse que um grupo de cinco pessoas que estava na lancha foi até a delegacia de Polícia Civil de São Brás por volta das
3h de terça (17). Eles relataram que a vítima havia desaparecido após pular no
rio por volta das 21h de segunda (16).

Ainda segundo a PM, todas as pessoas que estavam na lancha foram ouvidas e
confirmaram que estavam consumindo bebidas alcoólicas em um flutuante.

As testemunhas afirmaram ainda que a vítima teria mencionado que estava com
calor e decidiu pular no rio, sendo vista pela última vez.

Nos depoimentos coletados pela polícia, o grupo informou que Kellen conhecia
apenas uma das pessoas presentes na lancha. O proprietário da embarcação e as
outras mulheres no local eram desconhecidos da vítima.

O condutor da lancha foi ouvido e encaminhado para a perícia de alcoolemia. Já o
veículo passou também por perícia pela Polícia Científica do Pará.

> “O trabalho está sendo feito de forma calma, minuciosa e precisa, devido o
> cuidado que o caso requer”, afirmou diretor-geral da Polícia Científica, Celso
> Mascarenhas.

Kellen Abreu trabalhava como vendedora de veículos em uma loja e deixa um filho
de dois anos de idade.

LOCALIZAÇÃO DO CORPO

O Corpo de Bombeiros iniciou buscas no local durante a madrugada, e por volta
das 7h, o corpo de Kellen Taynara foi encontrado por pescadores nas proximidades
da Ilha das Onças. O Centro Integrado de Operações (Ciop) foi acionado e
conseguiu localizar o corpo por volta de 8h30.

O caso está sendo investigado pela delegacia do Guamá que obteve um dossiê com
todos os depoimentos coletados.

Corpo de jovem é encontrada após desaparecer durante passeio de lancha no Combu

O caso ocorre três anos depois da morte de Yasmin Macêdo, que também desapareceu no rio durante um passeio de lancha.

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– Mãe de Yasmin Macêdo comenta novo caso: ‘parece o que aconteceu há 3 anos com
a Yasmin’

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