O Ministério Público de Goiás (MPGO) apura a conduta profissional de duas servidoras municipais que usaram como exemplo em uma tarefa escolar o cálculo para colocar cocaína em pino de plástico, em Itaberaí.
O caso aconteceu na Escola Municipal Padre Elígio Silvestri no dia 7 de outro deste ano. De acordo com a titular da Secretaria Municipal de Educação (SME), Carla de Deus, a professora pediu exoneração do cargo e foi instaurado um Processo Administrativo Disciplinar.
Em nota, a escola esclareceu que solicitou o afastamento da servidora, pois a atividade estava totalmente fora do alinhamento de trabalho da equipe escolar. O documento reforça que profissional passará por um Processo Administrativo Disciplinar e que a escola desaprova qualquer tipo de atividade que foge do trabalho pedagógico desenvolvido em planejamento.
O MPGO também informou que o promotor de Justiça Marcelo Faria das Costa Lima se reuniu com a secretária. Dessa maneira, o órgão pretende verificar medidas aplicáveis sobre o caso.
Revolta dos pais
Em entrevista, um dos pais queria que o filho passasse a estudar em outra unidade de ensino.
“Olha se tem como uma escola mandar para um menino de 14 anos resolver um problema baseado em pino de cocaína. […] Porque não baseou em outra coisa? Tinha que ser logo cocaína? Não pus meu filho lá para estudar sobre cocaína”, disse indignado ao G1.
Além disso, o pai contou que relatou ao Conselho Tutelar sobre a situação. De acordo com o órgão, a escola recebeu uma visita de agentes assim que souberam do acontecimento. Eles informaram que a diretora reconheceu que houve um erro e que o objetivo da questão era propor um problema que poderia ser alcançando usando outras substâncias como exemplo.