Última atualização 13/08/2024 | 10:44
O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou o motorista Antônio Scelzi Netto pela morte do vigilante Clenilton Lemes Correia, de 38 anos. Crime ocorreu em 9 de julho, na GO-020, em Goiânia, quando a vítima ia trabalhar. Acusado está em liberdade, após decisão judicial expedida em 8 de agosto.
Na denúncia, assinado pelo promotor Sebastião Marcos Martins, o MP informa que Antônio Scelzi Netto dirigia o carro que atropelou Clenilton em alta velocidade e sob efeito de álcool. Ainda segundo o órgão, o acusado teria bebido em cinco estabelecimentos comerciais durante a tarde e na noite anterior ao crime.
O órgão ressaltou que o crime foi cometido de forma cruel pois, após ser atropelado, Clenilton e a moto que dirigia ficaram presos no carro. Segundo a denúncia, isso teria feito com que o motorista do carro dirigisse em “zigue-zague” na pista até que a vítima e o veículo se desprendessem.
Além da prisão, o MP também solicitou que o motorista pague uma indenização reparatória e por danos materiais aos descendentes e à esposa da vítima, além de uma indenização mensal aos dependentes de Clenilton, com valor equivalente ao salário que a vítima recebia.
Acidente
A fatalidade ocorreu no dia 9 de junho, às 5h40, quando Clenilton seguia pela GO-020 até o trabalho. Segundo a Polícia Militar (PMGO), a placa do carro se desprendeu no momento do atropelamento e ficou na rodovia, ajudando a localizar o motorista. A placa da moto de Clenilton ficou presa no para-choque do carro.
Antônio fugiu se prestar socorro. A vítima foi socorrida por outra pessoa que passava na rodovia no momento do acidente, que relatou aos policiais que a vítima estava viva quando parou para socorrê-lo, apesar de estar bastante machucado.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar socorro, mas Clenilton não resistiu e morreu ainda no local. A equipe tentou reanimá-lo, mas não conseguiu.
Antônio foi preso horas depois do crime, mas passou por audiência de custódia e foi solto. A decisão levou em consideração o fato de o suspeito ter residência fixa, emprego e ser réu primário. Apesar disso, foram definidas regras para a liberdade dele.
O suspeito chegou a ser preso novamente no dia 24 de julho, após pedido do Ministério Público de Goiás para uma nova análise da liberdade do motorista. No entanto, a prisão foi revogada em 8 de agosto pela Justiça de Goiás e, desde então, Antônio está em liberdade.