MPGO denuncia empresário por atropelar e matar vigilante na GO-020

O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou o motorista Antônio Scelzi Netto pela morte do vigilante Clenilton Lemes Correia, de 38 anos. Crime ocorreu em 9 de julho, na GO-020, em Goiânia, quando a vítima ia trabalhar. Acusado está em liberdade, após decisão judicial expedida em 8 de agosto.

Na denúncia, assinado pelo promotor Sebastião Marcos Martins, o MP informa que Antônio Scelzi Netto dirigia o carro que atropelou Clenilton em alta velocidade e sob efeito de álcool. Ainda segundo o órgão, o acusado teria bebido em cinco estabelecimentos comerciais durante a tarde e na noite anterior ao crime.

O órgão ressaltou que o crime foi cometido de forma cruel pois, após ser atropelado, Clenilton e a moto que dirigia ficaram presos no carro. Segundo a denúncia, isso teria feito com que o motorista do carro dirigisse em “zigue-zague” na pista até que a vítima e o veículo se desprendessem.

Além da prisão, o MP também solicitou que o motorista pague uma indenização reparatória e por danos materiais aos descendentes e à esposa da vítima, além de uma indenização mensal aos dependentes de Clenilton, com valor equivalente ao salário que a vítima recebia.

Acidente

A fatalidade ocorreu no dia 9 de junho, às 5h40, quando Clenilton seguia pela GO-020 até o trabalho. Segundo a Polícia Militar (PMGO), a placa do carro se desprendeu no momento do atropelamento e ficou na rodovia, ajudando a localizar o motorista. A placa da moto de Clenilton ficou presa no para-choque do carro.

Antônio fugiu se prestar socorro. A vítima foi socorrida por outra pessoa que passava na rodovia no momento do acidente, que relatou aos policiais que a vítima estava viva quando parou para socorrê-lo, apesar de estar bastante machucado.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar socorro, mas Clenilton não resistiu e morreu ainda no local. A equipe tentou reanimá-lo, mas não conseguiu.

Antônio foi preso horas depois do crime, mas passou por audiência de custódia e foi solto. A decisão levou em consideração o fato de o suspeito ter residência fixa, emprego e ser réu primário. Apesar disso, foram definidas regras para a liberdade dele.

O suspeito chegou a ser preso novamente no dia 24 de julho, após pedido do Ministério Público de Goiás para uma nova análise da liberdade do motorista. No entanto, a prisão foi revogada em 8 de agosto pela Justiça de Goiás e, desde então, Antônio está em liberdade.

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Crise na saúde em Goiânia: falta de investimentos e estrutura precária prejudicam atendimento médico de qualidade

A crise na saúde em Goiânia é um tema que tem preocupado a população da cidade nos últimos anos. Com a falta de investimentos no setor e a precariedade na estrutura dos hospitais e unidades de saúde, os moradores têm enfrentado dificuldades para conseguir atendimento médico de qualidade. A superlotação nas emergências, a demora para marcar consultas e a escassez de medicamentos são apenas alguns dos problemas enfrentados pela população.

Além disso, a falta de profissionais da saúde qualificados é um dos principais motivos para a crise na saúde em Goiânia. Com o baixo salário e as condições de trabalho precárias, muitos médicos e enfermeiros acabam deixando o serviço público em busca de melhores oportunidades em outros estados ou até mesmo países. Isso gera uma sobrecarga de trabalho para os poucos profissionais que permanecem, impactando diretamente na qualidade do atendimento prestado à população.

Outro ponto alarmante é a falta de estrutura dos hospitais e unidades de saúde em Goiânia. Muitas vezes, os pacientes são obrigados a esperar por horas em corredores lotados, sem a devida privacidade e conforto. Além disso, a escassez de equipamentos e materiais médicos adequados compromete o diagnóstico e o tratamento dos pacientes, colocando em risco a vida de muitos deles.

Diante desse cenário preocupante, a população tem recorrido cada vez mais aos planos de saúde privados, que oferecem um atendimento mais rápido e de qualidade. No entanto, nem todos os moradores de Goiânia têm condições de arcar com os altos custos desses planos, o que acaba acentuando as desigualdades sociais e de acesso à saúde na cidade. A saúde pública, que deveria ser um direito de todos, acaba se tornando um privilégio para poucos.

Diante desse quadro, é urgente que as autoridades competentes tomem medidas efetivas para melhorar a saúde em Goiânia. É necessário investir na capacitação e valorização dos profissionais da saúde, na ampliação da infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde, e na disponibilização de medicamentos e equipamentos médicos em quantidade suficiente. Somente assim será possível garantir um atendimento digno e de qualidade para todos os moradores da cidade. A saúde não pode ser tratada como um privilégio, mas sim como um direito de todos.

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