MPGO determina melhoria no atendimento à população pela Enel

Quedas de energia vem trazendo muitos prejuízos para os produtores rurais da região

O Ministério Público de Goiás (MPGO), por intermédio da 5ª Promotoria de Justiça de Rio Verde, requereu cumprimento de sentença que determinou à Enel a obrigação de promover as medidas e os investimentos necessários para melhorar o atendimento à população.

A ação civil pública ajuizada pelo MPGO foi julgada procedente em maio de 2016, determinando que a Enel promovesse os meios necessários para que o restabelecimento de energia elétrica fosse realizado em, no máximo, três horas para área urbana, quatro horas para a rural e de três horas, caso ocorresse à noite.

Foi estipulada multa de R$ 20 mil por descumprimento e mais R$ 1 mil para cada hora adicional de demora para retomada do fornecimento de energia. A sentença transitou em julgado (quando não há mais possibilidade de recurso). De acordo com o promotor de Justiça Márcio Lopes Toledo, da 5ª Promotoria de Justiça de Rio Verde, foi fixada a obrigação de que a Enel promova as medidas e os investimentos necessários no sistema de fornecimento de energia elétrica, de modo a tornar seu serviço eficiente, regular e contínuo.

Pedidos visam garantir direitos dos consumidores

Conforme a decisão, a empresa terá de se adequar aos limites regulatórios dos indicadores de continuidade estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), sob pena de multa de R$ 50 mil, para cada período mensal em que ocorrer a transgressão desses indicadores.

O promotor de Justiça explicou que essa obrigação tem caráter de direito difuso, abrangendo todos os consumidores, determinados ou não, da comarca de Rio Verde. Em razão disso, o MPGO é legitimado para buscar a implementação dessa obrigação, o que está sendo requerido no cumprimento de sentença.

Quanto à obrigação de restabelecimento da energia no prazo máximo de quatro horas, segundo Márcio Lopes Toledo, a Enel conseguiu, após sucessivos recursos, que fosse definido este prazo para as zonas urbanas e rural, sob pena de multa por descumprimento de R$ 20 mil, mais R$ 1 mil a cada hora adicional de demora para retomada do fornecimento de energia.

Nesta situação, a obrigação tem caráter de direito individual e cada consumidor lesado deverá buscar o Poder Judiciário, individualmente, para fazer incidir a multa, que será revertida em seu proveito, conforme prevê o artigo 537, parágrafo 2º, do Código de Processo Civil.

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Produção de Pequi em Goiás atinge 3,7 mil toneladas em 2023

Em 2023, o estado de Goiás alcançou um marco significativo na produção de pequi, um dos símbolos culturais mais importantes da região. Conforme revela a edição de novembro do Agro em Dados, foram extraídas 3,7 mil toneladas do fruto, representando um crescimento de 21,8% em relação ao ano anterior e estabelecendo um recorde na série histórica da extração de pequi em Goiás.

Os municípios que lideraram a extração de pequi durante o período de referência foram Sitio d’Abadia, com 989 toneladas, Damianopolis, com 599 toneladas, e Mambai, com 385 toneladas, todos localizados no Nordeste goiano. Essas regiões têm demonstrado um potencial produtivo ainda pouco explorado, mas com grande potencial para o desenvolvimento econômico.

A produção de pequi pode contribuir para o crescimento econômico de regiões com potencial produtivo ainda pouco explorado, observa Pedro Leonardo Rezende, titular da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Essa atividade pode gerar mais empregos e melhorias de renda para populações carentes, explica o secretário, destacando o impacto positivo da cultura do pequi na economia local.

Ilustrando o cenário de expansão da cultura, o pequi foi o principal responsável pelo aumento significativo da quantidade de produtos alimentícios extraídos em Goiás em 2023. Além disso, o fruto impulsionou o valor de produção da extração vegetal como um todo. Segundo dados da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2023, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em setembro deste ano, o pequi gerou R$ 5,65 milhões em valor de produção, correspondendo a 37,1% do valor de produção total na extração vegetal em Goiás.

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