MPGO instaura inquérito para apurar irregularidades no Hospital Municipal de Goianésia

Um inquérito civil público (ICP) foi instaurado, por parte do Ministério Público de Goiás (MPGO), com intuito de averiguar possíveis irregularidades contratuais, como atos de improbidade administrativa referentes à licitação e execução do contrato, e estrutural nas obras do Hospital Municipal de Goianésia. A informação foi divulgada pelo Ministério na tarde desta sexta-feira, 1º.

Segundo o promotor titular da 2ª Promotoria de Goianésia, Tommaso Leonardi, um outro inquérito já havia abordado a construção do novo Hospital Municipal, com indicação da existência de diversas inadequações na obra. O primeiro documento se referia a irregularidades no Hospital Municipal Irmã Fanny Duran e à Unidade de Pronto Atendimento de Goianésia (UPA).

De acordo com o MPGO, o novo inquérito foi instaurado em decorrência de novas denúncias e da possibilidade de o antigo hospital encerrar as atividades de uma vez por todas.

Uma reunião entre autoridades de Goianésia e o promotor determinou um pedido à Unidade Técnico-Pericial em Engenharia do MPGO para elaborar um parecer visando identificar irregularidades contratuais e estruturais, além de elétrica e hidrossanitária. Foram solicitadas ainda, soluções para adequação das obras às normas técnicas e sanitárias vigentes, segundo o Ministério.

Denúncia

A prefeitura de Goianésia informou, ao jornal Diário do Estado (DE), que o prefeito Leonardo Menezes acionou o MPGO e apresentou o relatório de duas auditorias deflagradas para apurar eventuais irregularidades nos projetos e contratos referentes às obras do novo hospital. “Mostrando transparência, zelo com os recursos públicos e cumprimento da lei, o prefeito entregou toda a papelada ao MP. De acordo com o gestor, diversas irregularidades foram constatadas, gerando atraso na obra e problemas jurídicos que travam as tentativas de finalização do hospital, que seria uma referência de atendimento à população de Goianésia”, esclareceram.

Além disso, o documento consta que o prefeito “começou a ter ciência exata dos fatos com a troca de comando que fez na secretaria de Planejamento”.

“Em fevereiro deste ano, o novo titular da pasta, Cristiano Côrtes alertou sobre algumas irregularidades que vinham acontecendo desde 2020, com omissão de quem deveria fiscalizar. Com base neste alerta, foi autorizada a auditoria interna, que confirmou as suspeitas”, afirmaram.

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