MPGO solicita absolvição de mãe que confessou ter matado as filhas

O Ministério Público de Goiás (MPGO) solicitou a absolvição da mãe que confessou ter matado as duas filhas em Edéia, em setembro do ano passado. O pedido foi baseado no exame de insanidade mental feito pela Justiça, concluindo que Izadora Alves de Faria tem transtorno psicótico e não era capaz de entender o que estava acontecendo no momento que cometeu o crime.

A entidade solicitou ainda que a mãe seja incluída no Programa de Atenção ao Louco Infrator (Paili). O projeto consiste no atendimento às “pessoas portadoras de transtornos mentais ou que manifestaram sofrimento mental no transcurso da execução penal, submetidas a medida de segurança no Estado de Goiás”, segundo o portal do Governo estadual.

Ao Jornal Diário do Estado (DE), o MPGO informou que “a promotora responsável pela manifestação esclarece que o pedido está de acordo com as normas técnicas e jurídicas, respeitando os devidos processos penal e constitucional”.

O juiz Hermes Pereira Vidigal deliberou a decisão de internar a mãe no hospital Psiquiátrico Wassily Chuc, em Goiânia, depois de uma tentativa de suicídio por parte da mulher dentro do presídio. Após ser submetida a exames, os laudos médicos apontaram doença mental grave.

Relembre o caso

Duas crianças, de seis e 10 anos, foram mortas a facadas na manhã do dia 27 de setembro do ano passado, em Edéia, a 126 km de Goiânia. Desde o princípio, a principal suspeita do duplo homicídio era a mãe das vítimas, Izadora Alves de Faria, de 30 anos, que foi presa horas depois do crime. Em entrevista ao DE, o delegado Daniel Gustavo, responsável pelo caso, informou que as irmãs tinham ao menos uma facada no tórax cada.

Ainda de acordo com o investigador, a polícia foi acionada por volta de 12h pelo pai das vítimas. Ao chegar no local, eles se depararam com as meninas já mortas dentro da casa, que fica no Setor Samambaia. Conforme Daniel, a mãe já teria passado por um tratamento devido a problemas mentais, mas acabou abandonando o processo.

“Ela é a principal suspeita porque estava na casa com as crianças e agora está foragida, ela sumiu depois do crime. Visivelmente elas foram mortas a facadas, mas apenas a perícia irá confirmar. O casal estava passando por um momento conturbado no casamento, mas o pai das crianças disse que ela nunca apresentou indícios de que poderia fazer algo desse tipo. Estamos atrás dela para esclarecer algumas informações e ver se ela realmente cometeu o crime”, explicou.

Para a polícia, Izadora contou que planejava o crime há algum tempo e, segundo o delegado, ela tentou comprar uma arma de fogo para matar as filhas e tirar a própria vida, mas não obteve sucesso.

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Polícia Civil de Goiás desarticula quadrilha de golpe da falsa central com 37 prisões

Nesta quinta-feira, 21 de novembro, policiais civis de cinco estados realizaram uma operação para desarticular uma quadrilha suspeita de aplicar o golpe da falsa central telefônica. A ação, coordenada pela Polícia Civil de Goiás, contou com o apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) e da Diretoria de Operações Integradas (Diop), ligados ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
 
Os suspeitos, segundo a investigação, telefonavam para as vítimas se passando por funcionários de instituições financeiras para obter informações bancárias e senhas. Após ludibriar as vítimas, eles as induziam a acessar sites clonados que possuíam o mesmo layout das páginas oficiais dos bancos, permitindo assim realizar transferências indevidas das contas das vítimas.
 
Foram cumpridos 37 mandados de prisão temporária e 55 de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Piauí, Pernambuco, Pará e Ceará. Além disso, 438 contas bancárias envolvidas no esquema foram bloqueadas, com valores identificados que chegam a R$ 500 mil.
 
Durante a operação, a Polícia Civil do Distrito Federal apreendeu joias, celulares, eletrônicos e dinheiro vivo. Os maços de dinheiro apreendidos somam R$ 556 mil, totalizando mais de R$ 1 milhão em valores apreendidos.
 
Os alvos da operação são suspeitos de cometer crimes de estelionato eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a 21 anos de prisão. A Polícia Civil alerta a população a redobrar os cuidados ao receber contatos solicitando informações bancárias ou senhas, lembrando que instituições financeiras legítimas não pedem esses dados por telefone ou mensagens.

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