A deputada estadual Delegada Sheila, ex-vereadora de Juiz de Fora, foi denunciada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por espalhar supostas informações falsas contra o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), que concorria ao cargo de prefeito da capital mineira em 2024. Na denúncia, Sheila e outros políticos do PL: o deputado federal Nikolas Ferreira, o deputado estadual Bruno Engler, que concorria à prefeitura de BH, e Coronel Cláudia, candidata a vice-prefeita na chapa de Engler, são apontados como suspeitos de promover uma estratégia organizada de desinformação para prejudicar a imagem de Fuad e favorecer o candidato do PL na corrida eleitoral.
Agora, caberá à Justiça analisar a denúncia. Se ela for aceita, os envolvidos se tornam réus e deverão ir a julgamento. Segundo o Ministério Público Eleitoral, às vésperas das eleições, Delegada Sheila postou um vídeo nas redes sociais citando trechos do livro “Cobiça”, escrito pelo candidato Fuad Noman, sugerindo que o autor endossava crimes contra crianças. Em seguida, fez explícito pedido de voto para Bruno Engler, seu colega de partido, que concorria à prefeitura de Belo Horizonte.
Delegada Sheila, assim como outros envolvidos, está sendo acusada de participar de forma ‘livre e consciente’ de uma campanha sistemática de desinformação para atacar o candidato Fuad Noman. O documento apresenta a transcrição do conteúdo postado nas redes sociais pela delegada, que fazia alegações falsas sobre o candidato e endossava o candidato do PL na corrida eleitoral. Após a publicação, o vídeo foi compartilhado por Bruno Engler, evidenciando um propósito eleitoral por trás das ações.
A denúncia tramita na 29ª Zona Eleitoral desde outubro de 2024, e a proposta de um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) foi apresentada aos suspeitos. Enquanto Bruno Engler declinou do acordo, Cláudia e Delegada Sheila não se manifestaram. Nikolas Ferreira não preenchia os requisitos legais para o ANPP, e por isso o MP ofereceu denúncia contra ele e os demais envolvidos. A decisão final ainda não tem prazo definido e aguarda análise da Justiça para seguir adiante.
Diário do Estado entrou em contato com a assessoria da deputada para obter o posicionamento dela diante da denúncia, mas até o momento não houve recebimento de intimação ou notificação formal sobre o caso. Já a assessoria jurídica de Bruno Engler e Coronel Cláudia afirmou que seus clientes não cometeram crime e irão se manifestar nos autos do processo. Nikolas Ferreira ainda não se pronunciou sobre o assunto. Aguarda-se a resolução do caso para determinar os próximos passos legais.