O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho, por sua suposta ligação com duas execuções ocorridas em outubro de 2022, em um posto de gasolina em Campo Grande. Fabrício Alves Martins foi morto no dia 2 de outubro, seguido por Fábio de Alamar Leite dois dias depois, após sair do enterro de seu amigo. A suspeita é de que a dupla possa ter sido morta por engano, de acordo com as investigações, e quatro suspeitos também foram denunciados.
O MPRJ aponta Adilsinho como o chefe da máfia dos cigarros ilegais no Rio de Janeiro e em outros estados, sendo o responsável pelo comando da organização criminosa. José Ricardo Gomes Simões, Alex de Oliveira Matos e o policial militar Daniel Figueiredo Maia foram denunciados pelas mortes de Fabrício e Alamar. José Ricardo, que participou da execução da primeira vítima, foi denunciado juntamente com Átila Deive Oliveira da Silva pela morte de Fábio Alamar, executado no cemitério de Inhaúma.
De acordo com as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Fabrício e Alamar podem ter sido mortos por engano a mando de Adilsinho. A polícia acredita que ambos foram alvo da organização criminosa pelo fato de terem emprestado caminhões de sua empresa de gelo para transportar cigarros, o que desagradou a quadrilha. Adilsinho, considerado o principal chefe da máfia do cigarro no estado, possui quatro mandados de prisão e é apontado como um dos maiores criminosos do país.
As investigações revelaram que as mesmas armas foram utilizadas nas mortes de Fabrício Martins, Fábio Alamar e Cristiano de Souza em 2023. Mensagens interceptadas indicam o possível envolvimento da quadrilha com as execuções. A continuada vigilância e monitoramento das vítimas evidenciam a complexidade das ações criminosas, indicando um padrão de comportamento organizado em torno dos interesses da máfia dos cigarros.
A polícia ainda investiga tentativas de sequestro e executações de outras vítimas ligadas ao comércio ilegal de cigarros, mostrando a extensão da atuação da organização criminosa. As investigações apontam para a participação de diversos indivíduos no esquema, com conexões internacionais. O caso revela o alto grau de violência e organização por trás do mercado ilegal de cigarros e suas ramificações com crimes como homicídios, tentativas de assassinato e sequestros.
Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, nega qualquer envolvimento com os fatos e confia na Justiça para provar sua inocência. A complexidade e o alcance das investigações revelam a importância do combate efetivo ao crime organizado e ao mercado ilegal, que muitas vezes resulta em execuções e violência extrema. O caso das execuções ligadas à máfia do cigarro em 2022 representa um desafio para as autoridades e destaca a necessidade de ações incisivas para coibir atividades criminosas desse tipo.




