MPRJ denuncia Comando Vermelho por morte de policial da Core: operação resulta em 6 presos e desarticula associação criminosa

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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro denunciou quatro indivíduos pela morte do policial da Core, elite da Polícia Civil. O policial João Pedro Marquini Santana foi rendido e morto com cinco tiros de fuzil enquanto voltava de carro da Zona Oeste do Rio. Sua esposa, a juíza Tula de Mello, estava em outro veículo blindado e não sofreu ferimentos.

Em uma operação realizada contra suspeitos ligados à morte do policial da Core e marido da juíza, seis pessoas foram presas. Os quatro integrantes do Comando Vermelho foram denunciados pelo latrocínio consumado de João Pedro Marquini Santana e por tentativa de latrocínio contra a juíza Tula Correa de Mello.

Marquini fazia parte da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), considerada a tropa de elite da Polícia Civil. Os quatro denunciados são: Walace Andrade de Oliveira, Jefferson Rosa dos Reis, Alexandre Costa de Oliveira e Antônio Augusto D’Angelo da Fonseca.

Além destes, outros 23 membros de uma associação criminosa vinculada ao Comando Vermelho, que atua no tráfico de drogas na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana e Botafogo, Zona Sul do Rio, também foram denunciados. A organização criminosa atuava de forma organizada, armada, com divisão de funções e uso de fuzis e explosivos para controlar o tráfico na região, inclusive em áreas sensíveis.

Os denunciados ocupavam diferentes funções dentro da organização criminosa, incluindo controle de qualidade das drogas, contabilidade, segurança armada, logística e entrega de entorpecentes. Além disso, promoviam ataques em áreas controladas por milícias rivais. Uma operação conjunta entre a Core e a Delegacia de Homicídios da Capital foi realizada no Tabajaras para cumprir 22 mandados de prisão.

Os resultados da operação indicaram que seis prisões foram efetuadas e um suspeito foi morto durante uma troca de tiros. A região do Tabajaras já havia sido alvo de uma operação anterior para prender os assassinos do policial, resultando em cinco mortes, incluindo o chefe do tráfico da comunidade. Vinícius Kleber di Carlontonio Martins, conhecido como Cheio de Ódio, possuía 30 passagens pela polícia.

Na noite em que o policial João Pedro Marquini foi morto, ele e a juíza Tula voltavam de Campo Grande, na Zona Oeste, em veículos separados. Durante um episódio no trânsito, bandidos abordaram o veículo da juíza Tula, atirando contra o casal. O policial tentou reagir, mas foi atingido antes de conseguir disparar qualquer tiro. Após o ocorrido, os criminosos fugiram para a comunidade Cesar Maia, em Vargem Pequena.

A Justiça agiu rapidamente, prendendo suspeitos e desarticulando uma parte da associação criminosa envolvida. A ação conjunta das autoridades reforça o compromisso com a segurança e combate ao crime organizado no Rio de Janeiro.

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