MPRJ entra com recurso contra decisão de soltura do influenciador Vítor Belarmino, acusado de atropelar recém-casado no Rio de Janeiro

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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) entrou com um recurso contra a decisão de soltura do influenciador Vítor Belarmino, que passou 10 meses foragido até se entregar no mês passado. Ele é réu por atropelar o recém-casado Fábio Toshiro Kikuta no Recreio dos Bandeirantes.

A decisão da juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, do Cartório da 1ª Vara Criminal da Capital, determinou sua soltura mediante o cumprimento de medidas cautelares. No entanto, a 2ª Promotoria de Justiça Junto ao I Tribunal do Júri da Capital afirma que a conduta de Vítor Belarmino indica “grave risco à ordem pública, ressaltando que o acusado retirou o corpo da vítima do veículo, o largou em via pública e escapou sem prestar socorro – uma demonstração de total menosprezo pela vida humana.

De acordo com a advogada Tathiana Costa, responsável pela defesa da viúva Bruna Toshiro, a família da vítima confia que o Vitor Belarmino será condenado ao fim do processo. Influenciador é procurado pela polícia por atropelar e matar noivo na noite do casamento.

A revogação da prisão preventiva do influenciador Vitor Belarmino foi determinada pela juíza, considerando o argumento da defesa de Vitor, que alegou que não há mais risco à instrução do processo nem ameaça à ordem pública.

O Ministério Público já havia se manifestado contra o pedido de revogação de prisão, alegando que o acusado ficou foragido por 10 meses, durante quase toda a fase de instrução processual, e que ainda haveria risco à apuração dos fatos, já que testemunhas e a viúva da vítima ainda serão ouvidas em nova fase do julgamento.

A magistrada ainda ressaltou que decisões judiciais não devem se basear em pressões sociais ou comoção pública, mas sim nos critérios legais objetivos.

Além disso, o juiz também revogou a revelia que havia sido decretada anteriormente, enquanto ele esteve foragido por 10 meses, reconhecendo que o réu se apresentou voluntariamente às autoridades. A decisão prevê que, em caso de descumprimento das condições impostas, a prisão preventiva pode ser novamente decretada.

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