MPRJ identifica mortes atípicas em megaoperação no Alemão e da Penha: análise detalhada necessária.

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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) identificou casos de mortes com características “fora do padrão de confronto” entre os 121 corpos dos mortos durante a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, realizada no último dia 28 de outubro. Um relatório técnico obtido pela TV Globo revelou que os peritos encontraram ao menos dois casos considerados atípicos, sendo um corpo com marcas de tiro à curta distância e outro com sinais de decapitação.

A equipe do MPRJ, acompanhando os exames de necropsia no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto (IMLAP) entre os dias 28 e 30 de outubro, apontou que todos os mortos eram homens, de 20 a 30 anos, com ferimentos típicos de munições de alta energia, comumente associadas a fuzis. No entanto, destacaram que os dois casos mencionados no relatório destoavam desse padrão, indicando um possível cenário incomum de violência.

Os promotores sugerem uma análise minuciosa das imagens das câmeras corporais dos agentes envolvidos na Operação Contenção, além do escaneamento do ambiente do confronto, para esclarecer a dinâmica das mortes. Durante as necropsias, a equipe técnica do MPRJ observou que a maioria dos corpos vestia roupas camufladas, coletes e botas operacionais, além de portarem munição, drogas e celulares, indicando um possível envolvimento com a criminalidade.

A megaoperação resultou em 121 mortos, incluindo quatro policiais, e 113 suspeitos foram presos, com a apreensão de 93 fuzis, conforme balanço oficial. A ação visava desarticular o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, desencadeando retaliações por parte de criminosos, que realizaram bloqueios em vias expressas da cidade. Diante desse cenário, o Rio de Janeiro entrou em estágio operacional 2, com paralisação do transporte público em diversas regiões.

O relatório do MPRJ destacou que a presença de disparos à curta distância e sinais de decapitação entre os mortos representava um padrão não comum nas demais lesões observadas, sinalizando que as circunstâncias das mortes podem ter sido diversas. Com a expectativa da conclusão dos laudos periciais e a identificação oficial dos corpos, o Ministério Público aguarda para correlacionar esses achados com os registros de cada vítima, buscando esclarecer os fatos ocorridos durante a megaoperação.

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