“MPSC denuncia cirurgião plástico por lesões graves em paciente: casos sob investigação”

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou o cirurgião plástico Marcelo Evandro dos Santos por lesões gravíssimas causadas a uma paciente em Florianópolis. O processo encontra-se em sigilo, afirmou o órgão. Além disso, o médico está sob investigação em ao menos mais oito inquéritos pela Polícia Civil. A defesa dele foi novamente buscada nesta terça-feira para comentar o caso.

A denúncia contra Marcelo Evandro refere-se ao inquérito no qual ele foi indiciado por lesões corporais graves contra a neuropsicopedagoga Letícia Mello. Após passar por 12 procedimentos estéticos em um único dia, Letícia sofreu queimaduras, bolhas, necrose e perda de tecido. Essa situação resultou em sua internação por mais de dois meses, com 11 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O artigo 129 do Código Penal prevê pena de um a cinco anos de prisão em casos de condenação por lesão corporal grave. A partir de sua indicição, Marcelo declarou que sempre priorizou a saúde e o bem-estar dos pacientes, oferecendo atendimento personalizado. Com uma vasta experiência na área, com mais de 15 mil procedimentos estéticos realizados, o médico se descreve como referência em diversas intervenções.

Além dos problemas legais em Santa Catarina, o cirurgião enfrenta processos administrativos e civis e já foi condenado na área civil anteriormente, quatro vezes. Uma dessas condenações ocorreu em um caso grave no Paraná, no qual teve que indenizar os familiares de uma paciente que faleceu após uma lipoaspiração em 2021. A repercussão dos casos de lesões gerou mais oito denúncias contra Marcelo, que estão sendo apuradas pela Polícia Civil.

Marcelo Evandro nega as acusações e se defende afirmando que segue o Código de Ética Médica e os princípios da profissão. Ele destaca sua atuação em entidades renomadas na área e seu compromisso com a constante atualização e aprimoramento profissional. Com a confiança na ética e no comprometimento de seu trabalho, o médico espera que as acusações sejam esclarecidas na instância judicial.

É fundamental aguardar os desdobramentos legais desses casos e a devida apuração dos fatos pelas autoridades competentes. A segurança e a integridade dos pacientes devem estar sempre em primeiro lugar, garantindo a qualidade e a ética dos procedimentos médicos realizados. A transparência e a responsabilidade são pilares essenciais no exercício da medicina, visando sempre o bem-estar e a saúde daqueles que buscam cuidados e tratamentos estéticos.

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Homem condenado a mais de 66 anos por estupro e homicídio no Paraná

Homem que estuprou e matou filha da ex é condenado a mais de 66 anos de prisão no Paraná

Um caso chocante chama a atenção no estado do Paraná. Adriano José de Souza foi condenado a mais de 66 anos de prisão por estupro de vulnerável e homicídio com cinco qualificadoras, após estuprar e matar a filha da ex-companheira em São Carlos do Ivaí, no noroeste do estado, no mês de abril. O crime comoveu a região e agora a justiça busca fazer valer a pena imposta ao réu.

A sentença detalhou que Adriano cometeu estupro de vulnerável e homicídio com cinco qualificadoras, incluindo motivo torpe, emprego de asfixia e meio cruel, mediante dissimulação, feminicídio e crime contra menor de 14 anos. Além da condenação, ele terá que indenizar a família da vítima em R$ 300 mil, conforme decidido pela justiça paranaense. Uma resolução que busca trazer um pouco de alívio para os familiares da jovem vítima.

O julgamento que culminou na condenação do réu aconteceu em Paraíso do Norte, com a presença de seis testemunhas, incluindo a mãe da vítima, o pai de Adriano, uma vizinha, dois policiais e o próprio acusado, que optou por ficar em silêncio durante as declarações. Momentos de tensão e emoção marcaram a audiência, com a mãe da menina tendo uma crise de ansiedade e precisando de atendimento psicológico.

Os advogados tanto da família da vítima quanto de Adriano se manifestaram após a sentença. Enquanto os representantes da família acreditam que a decisão foi justa, o advogado do réu analisará o caso para decidir se recorrerá da decisão. Um desfecho que põe um ponto final em um capítulo trágico na vida dos envolvidos e da comunidade local.

O caso de Adriano José de Souza chocou a todos pela brutalidade do crime cometido. Após estuprar e estrangular a ex-enteada de apenas 12 anos, ele foi capturado dois dias depois na casa de sua mãe, em Amaporã, a cerca de 50 quilômetros de onde o crime foi perpetrado. Em um relacionamento anterior com a mãe da vítima, Adriano não aceitou a separação e acabou por cometer um ato irracional e extremamente violento.

Durante o depoimento, o acusado negou as acusações de abuso sexual contra a vítima, porém o delegado encarregado do caso encontrou evidências que apontavam para tal conduta criminosa. Um desfecho trágico e um alerta para a violência doméstica e o cuidado que é necessário ter com os vulneráveis em nossa sociedade. Este é um caso que ficará marcado na memória da população paranaense por muito tempo.

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