MPSP aponta possíveis mandantes no caso Gritzbach; Civil deve investigar mais

mpsp-aponta-possiveis-mandantes-no-caso-gritzbach3B-civil-deve-investigar-mais

Caso Gritzbach não está encerrado e Civil deve apurar mais, diz MPSP

Promotores do Tribunal do Júri afirmam que assassinato de um inimigo do PCC, Vinícius Gritzbach, pode ter mais mandantes em São Paulo. Ao apresentarem denúncia contra seis acusados de envolvimento na morte de Vinícius Gritzbach (foto em destaque), promotores do Ministério Público DE São Paulo (MPSP) afirmaram que o caso não está completamente esclarecido, apesar da conclusão da Polícia Civil.

A equipe de investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontou que os integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) Emílio Gongorra Castilho, o Cigarreiro, e Diego Santos Amaral, o Didi, seriam os responsáveis por encomendar o crime. Para os promotores do Tribunal do Júri, no entanto, é possível que outros integrantes da facção, superiores na hierarquia do crime, e até policiais estejam entre os mandantes.

Segundo ele, a decisão de apresentar a denúncia nesta segunda-feira (17/3) se deu para evitar que chegasse ao fim o prazo da prisão temporária dos PMs apontados como executores do crime: Denis Martins, Ruan Rodrigues e Fernando Genauro. Se isso ocorresse, eles seriam soltos.

Os seis denunciados nesta segunda-feira (17/3) devem responder por homicídio qualificado, com qualificadoras por motivo torpe, emprego de arma de fogo e emboscada. A motivação seria vingança por três episódios: a morte do líder do PCC Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, em dezembro de 2021, atribuída a Gritzbach; um suposto desvio de parte de um investimento feito pela facção em criptomoedas; e o acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público DE São Paulo.

Em janeiro de 2022, menos de um mês após a morte de Cara Preta, Vinícius Gritzbach foi levado por integrantes da cúpula do PCC na zona leste para um tribunal do crime em um campo de futebol. Na ocasião, ele seria julgado pelo homicídio e pelo suposto golpe milionário na facção. Cigarreiro e Didi estavam presentes, além de importantes figuras do PCC, como Danilo Lima de Oliveira, o Tripa; Rafael Maeda Pires, o Japa; e Claudio Marcos de Almeida, o Django. Sob a promessa de entregar aos criminosos as senhas das carteiras digitais em que estavam investidos milhões em criptomoedas, Gritzbach foi libertado.

A polícia conseguiu estabelecer o vínculo entre Cigarreiro, Didi e o assassinato de Gritzbach a partir da identificação do olheiro, que teria ficado responsável por avisar os atiradores sobre o desembarque do alvo no aeroporto de Guarulhos. Kauê do Amaral Coelho é primo de Didi. A comunidade, dominada pelo Comando Vermelho (CV), tem Cigarreiro como um dos fornecedores de droga. No local, eles teriam realizado uma festa que durou dois dias para comemorar o sucesso na “missão” para matar Gritzbach.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp