MPT investiga diretor da Goiás Fomento por assédio eleitoral e faz recomendações a empresa

MPT investiga diretor da Goiás Fomento por assédio eleitoral e faz recomendações a empresa

Após denúncia do vereador de Goiânia, Mauro Rubem, do PT, o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Goiás vai investigar um suposto assédio eleitoral cometido pelo diretor Administrativo e Financeiro da Agência de Fomento de Goiás (Goiás Fomento), Lucas Fernandes de Andrade. Uma audiência está marcada para esta quarta-feira, 19, às 13h30.

A portaria com a instauração do inquérito e uma série de recomendações foram divulgadas e assinadas pela procuradora do Trabalho Janilda Guimarães de Lima, nesta segunda- feira, 17. Na sessão, devem estar presentes Lucas e, no mínimo, um representante da empresa e um servidor do departamento de recursos humanos.

Recomendações

Além de apurar o caso, o MPT recomendou que a agência estadual não faça promessas de vantagem para qualquer pessoa em troca de voto em algum candidato. O órgão orientou ainda que a empresa não ameace ou induza eleitores quanto ao voto e não promova reuniões com objetivo de conquistar eleitores.

Ao Popular, o diretor da Goiás Fomento classificou o relato de Rubem como “fake news criada sem nenhum fundamento”. Além disso, Lucas afirmou que nunca se encontrou com o vereador e pretende entrar na Justiça contra o parlamentar.

Em nota, a Goiás Fomento informou que não reconhece nenhuma prática de assédio eleitoral na agência. “Todos os colaboradores têm liberdade para suas escolhas políticas. Para a instituição, a denúncia é totalmente desprovida de provas, se tratando de mais uma fake news”, disse

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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